Face a novas restrições, empresas não terão “fôlego suficiente” sem apoios económicos, diz AHRESP

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Dezembro 2021

A secretária-geral da AHRESP, Ana Jacinto, apontou que as empresas do setor hoteleiro e da restauração não terão capacidade de aguentar mais medidas restritivas sem novos apoios económicos.

Face à iminência de novas medidas de controlo da pandemia, que foram anunciadas esta terça-feira e que incluem o encerramento de discotecas e bares já a partir de 25 de dezembro, a AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal) apela ao Governo para a necessidade de as restrições serem acompanhadas de mais apoios económicos, pois as empresas não terão capacidade para aguentar sem elas.

“É importantíssimo tomarmos medidas ao nível da saúde, temos é de fazer um equilíbrio das medidas de caráter sanitário e das medidas de caráter económico. Quaisquer medidas de caráter sanitário que venham a ser anunciadas pelo Governo, têm é que ser acompanhadas de apoios económicos”, afirmou a secretária-geral da AHRESP, Ana Jacinto, em declarações à RTP3.

Ana Jacinto advertiu, porém, que há apoios que foram anunciados há mais de um ano e que permanecem em atraso. “Não temos fôlego suficiente para nos aguentarmos sem quaisquer medidas de apoio económico“, apontou, realçando que mais medidas restritivas terão, “obviamente”, impacto na faturação das empresas.

Além disso, a secretária-geral da AHRESP considera que os espaços do setor hoteleiro “são mais aconselháveis” para celebrar esta quadra festiva, tendo em conta que são espaços mais arejados, onde é possível manter o distanciamento social e as entradas são sujeitas à apresentação de teste negativo à Covid-19 ou de certificado de recuperação, do que fazer “festas ilegais”, que não estão sujeitas a medidas obrigatórias de controlo.

Em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que, durante o período de encerramento, as discotecas e os bares terão direito a um apoio no âmbito do lay-off e a apoios previstos no quadro do programa Apoiar para o pagamento dos custos fixos destes estabelecimentos.

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