Rendas das casas sobem 7,4% no terceiro trimestre, mas crescimento abranda

As rendas aumentaram 7,4% no terceiro trimestre, para 6,08 euros por metro quadrado, mas o ritmo de crescimento desacelerou face ao trimestre anterior.

Depois de uma subida de 11,5% no segundo trimestre, o ritmo de crescimento das rendas desacelerou no trimestre seguinte. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), entre julho e setembro, os arrendamentos ficaram 7,4% mais caros, perfazendo uma mediana nacional de 6,08 euros. Lisboa, como tem sido habitual, continua a ser a cidade mais cara para arrendar casa em todo o país.

Entre julho e setembro, foram assinados 22.305 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares no país, o que mostra uma descida de 4,2% face ao trimestre anterior. Neste período, o valor mediano das rendas subiu 7,4% para 6,08 euros face ao mesmo trimestre do ano passado, uma subida menos acentuada do que a observada no segundo trimestre (11,5%), quando as rendas estavam nos 6,03 euros. Relativamente ao segundo trimestre de 2021, as rendas cresceram 0,8%.

Numa análise às 25 sub-regiões do país (NUTS III), houve quatro com rendas acima do valor nacional, mantendo-se a capital como a zona mais cara. Na Área Metropolitana de Lisboa (AML), onde foram celebrados 7.516 novos contratos de arrendamento — cerca de um terço do total –, o valor mediano das rendas fixou-se nos 9,04 euros. Atrás aparece o Algarve (6,78 euros), a Área Metropolitana do Porto (6,65 euros) e a Madeira (6,28 euros).

Em termos de evolução, os maiores aumentos observaram-se no Alentejo Litoral (+16,6%), Beiras e Serra da Estrela (+16,4%) e Beira Baixa (+10,4%). No lado oposto, Terras e Trás os Montes foi a única sub-região com uma descida da renda mediana: -6,7% para 2,98 euros por metro quadrado. No Cávado e no Baixo Alentejo não houve alterações.

Rendas sobem 5% em Lisboa e no Porto, menos do que a mediana nacional

Afunilando a análise para cidades com mais de 100 mil habitantes, as rendas aumentaram em 23 dos 24 municípios. Aqui, destacam-se Vila Nova de Famalicão (+19%), Seixal (+11,6%), Vila Nova de Gaia (+10,7%) e Setúbal (+7,7%) por apresentarem crescimentos homólogos acima do valor nacional.

O INE sublinha que Vila Nova de Famalicão “registou, em simultâneo, a maior taxa de variação homóloga” da renda e o maior crescimento homólogo do número de novos contratos de arrendamento (+20,4%). Barcelos foi o único município com mais de 100 mil habitantes que registou uma taxa de variação homóloga negativa da renda (-9,2%).

Em Lisboa as rendas subiram 4,6% para 11,44 euros e no Porto cresceram 4,8% para 9,03 euros. No terceiro trimestre, “tal como no trimestre anterior”, quase todos os municípios com mais de 100 mil habitantes das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto — com exceção de Santa Maria da Feira (4,36 euros) e Gondomar (5,73 euros) –, registaram rendas medianas superiores à nacional, mas variações homólogas diferenciadas.

Tal como em trimestres anteriores, para além dos municípios das áreas metropolitanas, apenas o Funchal (7,14 euros por metro quadrado) e Coimbra (6,12 euros por metro quadrado) apresentaram rendas medianas superiores à nacional, refere o INE.

Estes dados do INE são provisórios e referentes a novos contratos de arrendamento realizados entre julho e setembro. Importa referir que, a partir do próximo ano, as rendas poderão sofrer uma atualização de acordo com a inflação, caso o senhorio assim entenda. Os dados mostram que os aumentos serão de 0,43%.

(Notícia atualizada às 11h39 com mais informação)

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