Incumprimentos das famílias junto da banca caem para mínimos históricos

Moratória do crédito terminaram em setembro, mas efeitos ainda não se sentem nas famílias. Os créditos em incumprimento caíram em novembro para o valor mais baixo de sempre.

As moratórias bancárias terminaram em setembro, mas o impacto do fim desta medida ainda não se está a fazer sentir ao nível dos incumprimentos das famílias juntos dos bancos. Pelo contrário: os defaults dos particulares estão mesmo em mínimos históricos, de acordo com o Banco de Portugal.

“Em novembro de 2021, 1,5% do stock total de empréstimos dos bancos aos particulares estava em incumprimento, atingindo um novo mínimo histórico”, ressalva o supervisor nacional esta quarta-feira.

O Banco de Portugal explica que esta redução dos incumprimentos se deveu, “maioritariamente”, à diminuição do rácio de empréstimos ao consumo e outros fins que se encontram em incumprimento – reduziu 0,7 pontos percentuais face ao mês anterior, para 4,6%.

“Estes empréstimos deixaram de estar registados no balanço dos bancos devido à venda de empréstimos e à conversão em empréstimos abatidos ao ativo”, concretiza a entidade liderada por Mário Centeno, referindo-se à alienação de carteiras de crédito que os bancos têm vindo a realizar nos últimos anos.

Por outro lado, no que diz respeito aos empréstimos à habitação, o stock em situação de incumprimento estabilizou nos 0,5%, o mesmo valor registado em outubro e setembro, mostra a informação estatística do Banco de Portugal.

Empréstimos em incumprimento em mínimos

Fonte: Banco de Portugal

Esta evolução surge depois do fim da maioria das moratórias públicas no final de setembro e que obrigou o Governo e o Banco de Portugal a tomarem medidas para uma transição mais tranquila desta medida. Por exemplo, os bancos tiveram de contactar com antecedência os clientes com empréstimos em moratória no sentido de detetar dificuldades financeiras e propor medidas de prevenção do incumprimento.

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