IKEA sobe preços em toda a gama, incluindo em Portugal

A maior marca mundial de mobiliário está a subir os preços em cerca de 9% a nível global, em média. O aumento é transversal a todos os mercados em que opera, incluindo em Portugal.

O IKEA vai subir preços em toda a gama, incluindo em Portugal. Aumento médio é de 9%, segundo a empresaIKEA Portugal

O IKEA vai aumentar os preços de muitos dos seus produtos, em toda a gama e em todos os mercados, incluindo em Portugal. O aumento médio é de 9%, avançou a empresa num comunicado divulgado na quinta-feira.

A decisão deve-se, sobretudo, ao aumento dos preços das matérias-primas e do transporte, bem como outros constrangimentos na cadeia de abastecimento. O Grupo Ingka, que detém a empresa de mobiliário sueca, afirmou que a subida de preços é mais pronunciada na América do Norte e na Europa.

Na terça-feira, o ECO tinha questionado o IKEA Portugal acerca de eventuais aumentos de preços no mercado português. Em causa estavam indícios de aumentos significativos de preços de alguns produtos, de dois e três dígitos percentuais, em artigos como cadeiras, sofás e uma componente de um móvel.

“Não estamos imunes aos desenvolvimentos macroeconómicos que estão a afetar as empresas, os retalhistas e a sociedade em geral. A pandemia trouxe novos desafios para o negócio IKEA, e, como consequência dos custos de produção e distribuição mais elevados, deparámo-nos com a necessidade de subir, pela primeira vez, os preços da nossa gama, principalmente para garantir os requisitos legais no nosso mercado, evitando ter preços de venda abaixo dos preços de custo”, vulgo dumping, disse ao ECO fonte oficial do IKEA Portugal, já depois da publicação deste artigo.

Sem referir qual o aumento médio de preços no mercado nacional, a mesma fonte detalhou que “a quantidade de produtos afetados em cada país vai variar, uma vez que esta situação também está dependente de pressões de inflação locais, questões de matérias-primas e da cadeia de abastecimento de cada mercado”.

Num comunicado, Tolga Öncü, diretor de operações de retalho do IKEA, disse: “Infelizmente, agora, pela primeira vez desde que os custos mais elevados começaram a afetar a economia global, temos de transferir partes desses custos acrescidos para os nossos clientes“.

A empresa assinala a ambição de que mais de metade da gama de produtos do IKEA seja de baixo preço. Porém, viu-se na necessidade de subir os preços para salvaguardar a competitividade e a sua resiliência, ainda que a acessibilidade económica seja uma das suas pedras angulares.

O grupo que detém a maior marca mundial de mobiliário aponta que manteve sempre a margem bruta o mais baixa possível, de modo a manter os preços baixos, o que acaba agora por não se revelar suficiente. “Investimos uma grande parte do nosso rendimento líquido de volta no negócio para manter os preços tão baixos quanto possível, particularmente para a gama [de produtos] de preços mais baixos, assegurando que o maior número possível de pessoas continua a conseguir pagar IKEA”, referiu Öncü.

Em simultâneo, a parte do rendimento líquido que não é reinvestido no negócio é pago como dividendos à Fundação Ingka, proprietária do grupo Ingka, cujo propósito é ajudar pessoas necessitadas. Por sua vez, a Fundação Ingka financia a Fundação IKEA.

Em 2022, o grupo prevê abrir mais lojas e tornar as opções de entrega mais rápidas, acessíveis e sustentáveis. De acordo com o diretor de operações de retalho, o IKEA vai abrir “30 novos pontos de encontro de clientes em vários formatos”, desde “as lojas tradicionais com toda a experiência até estúdios de planeamento e lojas do interior da cidade com entrega no mesmo dia”.

(Notícia atualizada as 12h15 com resposta do IKEA Portugal)

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