Viana do Castelo, Braga e Porto com aviso laranja a partir de segunda-feira à noite

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2022

IPMA elevou para "laranja" o aviso de precipitação forte para os distritos de Viana do Castelo, Braga e Porto a partir das 21:00 de segunda-feira. No dia seguinte também Vila Real, Viseu e Coimbra.

Viana do Castelo e Braga estarão a partir de hoje sob aviso ‘amarelo’ devido ao vento forte, segundo o IPMA, que agravou para ‘laranja’ o aviso para precipitação nestes dois distritos e no do Porto a partir de segunda-feira.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) já tinha alertado para um agravamento do estado do tempo no continente, após uma trégua no fim de semana, e tinha colocado o território sob aviso ‘amarelo’ (o menos grave de uma escala de três) para chuva forte a partir de segunda-feira.

Hoje, o IPMA destaca que os distritos de Viana do Castelo e de Braga estarão já sob aviso ‘amarelo’ a partir das 18:00 de hoje devido ao vento forte. Na segunda-feira, à exceção de Faro e Beja, todo o continente estará sob aviso ‘amarelo’ devido à precipitação forte, que nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro e Coimbra está prevista a partir das 06:00.

No entanto, nos distritos de Viana do Castelo, Braga e Porto o aviso do IPMA para precipitação forte sobe para nível ‘laranja’ (o segundo mais grave) a partir das 21:00 de segunda-feira, e no dia seguinte também os distritos de Vila Real, Viseu e Coimbra estão a ‘laranja’ no mapa dos avisos do instituto.

Também a ‘amarelo’ estará toda a costa do continente a partir da madrugada de segunda-feira devido a previsões de agitação marítima forte. Hoje, os arquipélagos dos Açores e da Madeira estão sob aviso ‘amarelo’ para agitação marítima. No grupo central dos Açores, o aviso é também ‘amarelo’ para o vento e para precipitação por vezes forte.

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Dois euros a mais por quilo travam vendas de bacalhau. Exceto no Natal

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2022

Preço subiu ao longo do ano, levando a uma quebra até 15% nas vendas, estima o Conselho Norueguês dos Produtos do Mar. O Natal deverá ser idêntico ao de outros anos, com um consumo de até 5 toneladas.

O preço do quilograma de bacalhau aumentou perto de dois euros este ano e, consequentemente, o volume de vendas tem vindo a recuar, com exceção da época natalícia, adiantou à Lusa o Conselho Norueguês dos Produtos do Mar (NSC).

“No canal C&C [‘Cash and Carry’ – venda para pequenos negócios] o preço do bacalhau aumentou quase dois euros por Kg [quilograma] em 2022, face a 2021, e no comércio moderno aumentou 1,72 euros por kg”, indicou o diretor para Portugal do NSC, Trond Rismo.

Apesar da inflação, o bacalhau não é um dos produtos alimentares com maiores aumentos. O NSC citou dados da Deco, organização de defesa do consumidor, relativos aos produtos que compõem o jantar de Natal, sendo que apenas o azeite (13%) aumentou menos do que o bacalhau. A couve custa agora mais 30% do que em 2021, a batata aumentou 34% e os ovos 32%.

O bacalhau é um produto âncora para os retalhistas e, por isso, há muito interesse em controlar os preços. Os lojistas sabem que o bacalhau é muito importante para atrair os clientes para as lojas”, notou Rismo. Por outro lado, o bacalhau é considerado uma “opção utilitária”, lembrou, uma vez que, após a demolha, aumenta cerca de 30% e é totalmente aproveitado, para além de se poder fazer receitas para muitas pessoas, utilizando pouca quantidade deste peixe.

O preço do bacalhau aumentou, pelo menos, 0,77 euros por kg até ao final de junho. O preço médio do bacalhau, seco e congelado, avançou 9,8%. No comércio moderno (supermercados, hipermercados e minimercados) o valor cresceu 1%, mas o volume recuou 8% no primeiro trimestre do ano. até ao final do terceiro trimestre, o valor ascendeu 2%, mas o volume cedeu 15%.

“O bacalhau congelado explica o dinamismo em valor, mas o bacalhau seco é claramente responsável pela tendência verificada em termos de volumes. Cerca de 27% de todo o bacalhau vendido em Portugal é congelado, mas o bacalhau seco lidera com 73% de quota de mercado”, apontou Trond Rismo.

Ainda no que se refere ao bacalhau seco, o consumidor teve em conta o fator preço, sendo que o calibre “corrente” cresceu 37% em termos de volume de vendas, face ao ano anterior. Os restantes calibres tiveram quedas, destacando-se o “especial” (maior e mais caro), com um recuo de 36%. Os portugueses continuam a preferir o “graúdo”, que representa 35% do volume total das vendas de bacalhau norueguês.

Consumo de bacalhau vai manter-se entre as quatro e cinco toneladas no Natal

Os portugueses vão continuar a consumir entre quatro a cinco toneladas de bacalhau no Natal, sobretudo da Noruega, estimou o Conselho Norueguês dos Produtos do Mar (NSC). “Estimamos que o consumo de bacalhau na época natalícia, em termos de volume, não se altere face aos anos anteriores. Se os portugueses tiverem que sacrificar alguma das iguarias que costumam ter na mesa de Natal, o bacalhau será o último a ser sacrificado”, adiantou o diretor para Portugal do NSC, Trond Rismo, em resposta à Lusa.

Assim, vão continuar a ser consumidas entre quatro a cinco toneladas de bacalhau na véspera de Natal, sendo que cerca de 70% é da Noruega. O consumo de bacalhau no mês de dezembro representa cerca de 25% do total.

“Apesar dos tempos difíceis, os portugueses não abrem mão do seu fiel amigo no Natal. Após algumas conversas com os lojistas, os comentários são bastante positivos em relação ao volume de bacalhau vendido desde o início de dezembro nos supermercados portugueses”, notou Trond Rismo.

De acordo com o NSC, Portugal é o quinto maior mercado de exportação dos produtos do mar noruegueses e, apesar da escalada de preços, os consumidores vão continuar a comprar este peixe no próximo ano, mas podem vir a optar por um menor calibre.

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Argentina x França, duelo de milhões na final do Qatar 2022

Argentina e França defrontam-se numa final inédita no Mundial do Qatar. Franceses valem mais, mas numa final não há favoritos. Seleção campeã do mundo terá um prémio de 40 milhões de euros.

Argentina e França disputam este domingo uma final inédita no Qatar. Nunca antes as duas equipas se defrontaram no derradeiro jogo de um campeonato do mundo de futebol. É uma oportunidade para ver Messi e Mbappé em ação no mesmo relvado em busca do título mundial para as respetivas seleções.

Argentina e França têm ambas dois títulos mundiais. Quem vencer no Qatar, acrescenta mais um troféu ao palmarés ficando atrás do Brasil (cinco títulos), Alemanha e Itália (ambas com quatro títulos).

A final de domingo é um verdadeiro duelo de milhões. Segundo o Transfermarkt, plataforma de estatística e valores de mercado de futebol, a seleção da Argentina tem um valor estimado a rondar os 645 milhões de euros. A França, campeã em título, tem um valor estimado de cerca de 1.000 milhões de euros.

Por esta altura, o avançado Kylian Mbappé é o jogador mais caro da seleção francesa com um valor estimado de 160 milhões de euros e também o jogador mais valioso a pisar o relvado do estádio Lusail, palco da final do Mundial.

Seguem-se Aurélien Tchouameni (80 milhões de euros) e Kingsley Coman, Ousmane Dembélé e Jules Koundé, os três com um valor estimado de 60 milhões de euros.

Dembélé, Griezman e Mbappé, estrelas da seleção francesaEPA/Friedemann Vogel

No lado argentino, Lionel Messi (50 milhões de euros) já não é o jogador mais valioso da seleção sul-americana, financeiramente falando, já que o potencial do astro argentino continua em grande e com todo o potencial para decidir a final do campeonato do mundo. O avançado Lautaro Martínez é o jogador mais valioso da Argentina com um valor estimado a rondar os 75 milhões de euros, seguido pelo defesa central Cristian Romero, com um valor estimado de 55 milhões de euros.

Messi vai alinhar pela última vez num campeonato mundial de futebolEPA/Friedemann Vogel

Nota ainda para Enzo Fernández, jogador do Benfica, que tem visto a sua cotação subir com a participação no Mundial do Qatar. Por esta altura o médio argentino tem um valor de mercado a rondar os 35 milhões de euros e já está a ser seguido por alguns clubes de topo do futebol europeu, adivinhando-se uma transferência milionária para os cofres do Benfica.

A seleção que vencer o Mundial vai receber um prémio atribuído pela FIFA no valor aproximado de 40 milhões de euros. O segundo classificado recebe pouco mais de 28 milhões de euros.

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UE alarga licenças de carbono ao transporte marítimo e edifícios. Novo fundo vai apoiar famílias vulneráveis

O sistema de comércio de emissões passa a ter metas de redução mais exigentes e vai abranger o transporte marítimo. Será criado um Fundo Social Climático para apoiar famílias e empresas vulneráveis.

O Conselho e o Parlamento Europeu chegaram esta madrugada a um acordo provisório sobre a reforma do mercado de carbono e a criação do Fundo Social para o Clima. A nova legislação, que traz metas mais exigentes e engloba mais setores, são consideradas essenciais para a União Europeia atingir a meta de reduzir em 55% as reduções de gases com efeito de estufa face a 1990.

“O acordo sobre o Sistema de Comércio de Emissões da UE e o Fundo Social para o Clima é uma vitória para o clima e para a política climática europeia. Permitirá cumprir os objetivos climáticos nos principais setores da economia, garantindo ao mesmo tempo que os cidadãos e microempresas mais vulneráveis sejam efetivamente apoiados na transição climática”, afirmou Marian Jurecka, ministro do Ambiente da Chéquia, no comunicado do Conselho Europeu.

O novo pacote legislativo irá tornar mais exigente o Sistema de Comércio de Emissões (SCE), que atualmente cobre 40% das emissões do bloco dos 27 Estados-membros e abrangia, em 2021, mais de 10.000 centrais de produção de energia e unidades industriais em setores como a produção de aço ou alumínio, fertilizantes, metalurgia, cimenteiras ou papeleiras. Inclui ainda cerca de 350 companhias de aviação.

Estes setores terão de cortar em 62% as suas emissões até 2030, contra os 43% fixados no objetivo anterior. Os negociadores chegaram ainda a acordo “para estabelecer em dois anos uma nova base para o teto global das emissões em 90 e 27 milhões de licenças, e uma taxa de redução anual do limite de emissões de 4,3% entre 2024 a 2027 e de 4,4% entre 2028 e 2030”. O SCE vai passar também a abranger faseadamente o transporte marítimo, que terá de entregar licenças de CO2 correspondentes a 40% das emissões verificadas em 2024, 70% das emissões de 2025 e 100% das emissões de 2026.

Outro ponto importante do acordo foi o fim faseado das licenças gratuitas atribuídas às industrias da UE, devido à entrada em vigor do Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira (CBAM, na sigla inglesa), que vai exigir um imposto na importação de bens daqueles setores, de forma a impedir que as empresas europeias sejam penalizadas face aos concorrentes por terem de cumprir uma legislação ambiental mais exigente. As licenças gratuitas serão extintas ao longo de nove anos, entre 2026 e 2034.

O CBAM e a atribuição de licenças gratuitas têm sido contestadas pelos parceiros comerciais da UE, que consideram o sistema uma medida protecionista. O Financial Times noticiava este sábado que países como os EUA, a China ou a África do Sul estavam a acusar os 27 Estados-membros de desvirtuar a concorrência.

Foi ainda decidido criar um sistema separado de comércio de emissões para os distribuidores de combustíveis para os edifícios, transporte rodoviário e outros setores, cuja descarbonização “tem sido difícil até agora”, diz o comunicado. O sistema será implementado a partir de 2027. Parte das receitas do leilão de emissões será canalizada para um Fundo Social para o Clima, que será usado pelos Estados-membros para apoiar famílias vulneráveis e microempresas”.

“O Conselho e o Parlamento acordaram que o fundo faria parte do orçamento da UE e seria alimentado por receitas externas até um montante máximo de 65 mil milhões de euros. Esta arquitetura orçamental permite ao fundo beneficiar de um conjunto de garantias associadas ao orçamento europeu, sem reabrir o quadro financeiro plurianual da UE”, explica o comunicado. O fundo será estabelecido para o período de 2026 a 2032, com as primeiras despesas a serem elegíveis a partir de 1 de janeiro de 2026. Os Estados-membros terão de entrar com um cofinanciamento de 25% nos projetos.

O acordo terá agora de ser aprovado formalmente pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho Europeu.

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Durão Barroso vai sair da presidência da Goldman Sachs International

  • ECO
  • 17 Dezembro 2022

Bradley Fried, ex-administrador do Banco de Inglaterra, vai substituir o português na presidência da Goldman Sachs Internacional. Barroso fica como "chairman" da Goldman Sachs International Advisors.

Bradley Fried, antigo administrador do Banco de Inglaterra, vai substituir Durão Barroso no cargo de chairman da Goldman Sachs International, avança a Sky News. O português vai liderar a equipa de consultores internacionais do banco. O anúncio será feito na próxima semana.

Durão Barroso assumiu a presidência não executiva da Goldman Sachs International, um dos cargos mais influentes do banco de investimento norte-americano, em 2016, depois de ter deixado a liderança da Comissão Europeia, em outubro de 2014. Segundo o canal britânico, deixa o lugar e será a partir de fevereiro chairman da Goldman Sachs International Advisors, onde irá aconselhar os executivos do banco sobre temas estratégicos globais.

Para o seu lugar na liderança da Goldman Sachs International vai Bradley Fried, que até há seis meses foi presidente do Court of Directors do Banco de Inglaterra, o órgão que define a estratégia e orçamento da autoridade monetária. O gestor sul-africano foi um dos fundadores da Grovepoint Capital, CEO do Investec Bank e administrador não executivo da Financial Conduct Authority, o supervisor financeiro britânico. A sua nomeação terá de ser aprovado pelo regulador.

Bradley assume o cargo numa altura de cortes no banco de investimento. Na sexta-feira foi noticiado que estava a preparar a saída de perto de 4.000 colaboradores (8% da força de trabalho) para melhorar a rentabilidade do banco, perante a travagem da economia.

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Os momentos decisivos dos seguros em documentário sobre 40 anos da APS

  • ECO Seguros
  • 17 Dezembro 2022

O enquadramento histórico e os factos mais relevantes dos seguros em Portugal foram documentados num filme agora lançado pela associação dos seguradores. Veja aqui.

A Associação Portuguesa de Seguradores acaba de lançar um documentário sobre os seus 40 anos de existência. Fernando Alexandre faz o enquadramento histórico em que diferentes momentos cruciais para os destinos da indústria aconteceram e como se refletiram na atividade.

Os diferentes presidentes, quando possível, testemunham os desafios dos seus mandatos e figuras que marcaram a história dos seguros em Portugal são lembrados.

Um resumo de uma história longa e complexa que pode ser visto aqui.

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Novo avanço na fusão nuclear é “importante”, mas pequeno. Vitória pode estar no investimento

Um pequeno passo na investigação nuclear pode significar mais atenção a esta área e, por isso, uma aceleração. Mas ainda há muitas dificuldades a ultrapassar, até que possa gerar-se luz por fusão.

Esta semana, nos Estados Unidos, a Infraestrutura Nacional de Ignições (NIF) divulgou um passo importante no desenvolvimento da energia nuclear. Hoje em dia, está disseminada a tecnologia de fissão nuclear, que é usada nas centrais. Mas o futuro do nuclear, espera-se, estará na fusão: uma forma de obter energia nuclear que só se prevê que entre no dia-a-dia da sociedade em 2050, segundo o presidente do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN) em Portugal, Bruno Gonçalves.

O responsável explicou ao ECO/Capital Verde o que é que o avanço nos Estados Unidos significa para o desenvolvimento desta tecnologia: é “um marco”, mas ainda há muito por fazer. Na sua opinião, não se justifica que se conte com a fusão antes de 2050. O grande benefício está na confiança que traz sobre o nuclear, em particular sobre a fusão, o que pode motivar mais investimento na área.

“Em poucas palavras, a conquista americana traduz-se na primeira vez que, de forma controlada, se conseguiu produzir mais energia do que aquela gasta em iniciar a reação”, explica Bruno Gonçalves. Conseguiu produzir-se mais 20% do que se gastou. “Tem potencial, mas muitos desafios pela frente. Não diria que é uma descoberta: é um marco importante na investigação”, já que “desafios científicos e tecnológicos para atingirmos um reator de fusão são enormes”. “Falta muito para produzir energia elétrica. O que se conseguiu teria de ser repetido várias vezes por segundo, replicado numa escala maior”, o que oferece dificuldades, conclui.

Atualmente, existem vários caminhos a serem estudados para se conseguir chegar à fusão nuclear. Aquele que está mais avançado, a fusão nuclear por confinamento magnético, não teve nenhum desenvolvimento desta vez. O avanço nos Estados Unidos foi conseguido noutro processo de fusão, a chamada fusão inercial.

Com tanto investimento, a inovação associada à área vai aumentar muito e pode contribuir para acelerar ou resolver muitos desafios que temos de enfrentar. Dessa forma pode comprimir-se o prazo de 2050.

Bruno Gonçalves

Presidente do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear

Neste último tipo de fusão, existe uma cápsula de combustível (um gás ionizado, ou plasma), do tamanho de um grão de pimenta, onde incidem 192 lasers. Com o objetivo de obrigar a cápsula a implodir, de forma a libertar energia que possa aquecer um fluido, gerar vapor para fazer girar uma turbina e, com isso, produzir eletricidade, à semelhança do que acontece nas centrais a carvão. Ora, esta compressão a que é sujeita a cápsula é muito difícil, algo como tentar que uma bola de basquete fique do tamanho de uma ervilha, mas sem alterar a forma. O que se conseguiu foi aumentar a precisão do processo, para que este fosse bem-sucedido.

Com tanto investimento, a inovação associada à área vai aumentar muito e pode contribuir para acelerar ou resolver muitos desafios que temos de enfrentar. Dessa forma pode comprimir-se o prazo de 2050”, afirma o mesmo cientista. Para Bruno Gonçalves, a fusão nuclear é “altamente promissora” para problemas energéticos pós 2050, para consolidar os esforços de descarbonização e acrescentar o mix energético uma fonte não intermitente. Não é, portanto, esta a tecnologia que vai permitir a neutralidade carbónica, que terá de ser atingida mais cedo.

Fusão também se trabalha em Portugal

O Instituto Superior Técnico (IST) e o IPFN têm estado envolvidos nos esforços europeus na área, quer na fusão por confinamento magnético quer na fusão inercial, nesta última através por exemplo do projeto HIPER, cujo objetivo é desenvolver a fusão a laser por irradiação direta do alvo. Algo “mais eficiente do que a irradiação indireta agora demonstrada”, descreve Bruno Gonçalves.

Este instituto também está envolvido nas atividades financiadas pela EURATOM (Comunidade Europeia da Energia Atómica) no âmbito da fusão a laser. E alguns dos cientistas que têm colaborado com este esforço nos Estados Unidos e mantém colaborações também com alguns dos mais importantes grupos norte-americanos nesta área foram formados pelo IST/IPFN, acrescenta o mesmo responsável.

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Catarina Martins diz que Costa está “zangado com o país” e avisa que Bloco não se habitua

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2022

“Não nos habituamos", disse a coordenadora do Bloco em resposta ao primeiro-ministro, que em entrevista à Visão disse que os restantes partidos têm de se habituar à maioria absoluta.

A coordenadora do BE acusou hoje o primeiro-ministro de estar “zangado com o país” e avisou que o partido “não se habitua” a um Governo que “troca o salário pela mão estendida do apoio de vez em quando”.

Num almoço-comício do Bloco de Esquerda (BE) no Mercado do Forno do Tijolo, em Lisboa, Catarina Martins referiu-se, por várias vezes, à entrevista de António Costa publicada esta semana na revista Visão, considerando que o primeiro-ministro está “zangado com o país” e “sente-se injustiçado”, criticando igualmente o aviso aos partidos para que se habituem à maioria absoluta do PS.

“Não nos habituamos, nem aceitamos que alguém diga que faz política de esquerda quando ataca salários e pensões, quando troca o salário pela mão estendida do apoio de vez em quando, que o Governo quer dar em vez do direito ao salário decente, digno de quem trabalha”, afirmou.

A coordenadora do BE lamentou ainda que as “boas notícias” sobre as contas públicas não se reflitam na vida concreta das pessoas. “Não há nada mais aviltante para o país do que ouvir o Governo dizer que a economia está a crescer mais do que está à espera, gabar-se disso e, ao mesmo tempo, quem vive do seu salário e pensão vive cada vez pior. Mas está a crescer o quê e para quem?”, questionou.

No seu discurso, a líder do BE elegeu a habitação como “uma das principais preocupações” do partido e prometeu que irá falar no tema “todos os dias”, contra o fim dos vistos ‘gold’ dos privilégios fiscais para os residentes não habituais.

No almoço-comício, participaram os fundadores do BE Luís Fazenda – que também discursou -, Francisco Louçã e Fernando Rosas.

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Presidente ucraniano desafia Putin para combate a dois num ringue, “se ele for homem”

Volodymyr Zelensky abordou, em entrevista à televisão pública francesa LCI, a possibilidade da guerra acabar com a morte de Putin: "Quando uma pessoa morre, todas as instituições param."

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, desafiou hoje o homólogo russo, Vladimir Putin, para “combate a dois” no ringue, “se ele for um homem”, numa entrevista à televisão francesa.

“Um homem, se é um homem de verdade, quando quer enviar uma mensagem a alguém ou se quer bater-lhe, fá-lo sem recorrer aos serviços de um intermediário. Se eu tivesse tal mensagem para enviar a Putin, fá-lo-ia sozinho“, disse Zelensky numa entrevista transmitida na televisão pública francesa LCI, citado pela Europa Press.

O líder ucraniano disse que estava pronto para combater a dois com Putin, num combate “a começar amanhã”, adiantando que esse encontro “seria a última cimeira do Presidente Putin” Zelensky respondia assim às noticias sobre uma ordem de Putin dada ao presidente da região russa da Chéchenia, Ramzan Kadyrov, para matar o chefe de Estado ucraniano, pouco depois da invasão russa da Ucrânia a 24 de fevereiro.

O presidente da Ucrânia abordou também a possibilidade da guerra acabar com a morte de Putin: “Quando uma pessoa morre, todas as instituições param.”

Para Zelensky, a estratégia de Putin é comparável à da Alemanha nazi. “A Rússia não iniciou uma nova forma de guerra. Está a fazer o que o regime fascista de Hitler fez”, disse, referindo-se ao bombardeamento pela Rússia de infraestruturas civis para provocar o pânico entre a população ucraniana.

Quanto às ameaças da Rússia sobre a utilização de armas nucleares, Volodymyr Zelensky salientou que são “um sinal de fraqueza”, “desordem mental” e “problemas médicos”, referindo que “só os doentes, absolutamente doentes, poderiam dar tal passo”.

O chefe de Estado da Ucrânia referiu-se ainda aos mais de dois milhões de ucranianos, muitos deles crianças, que foram deportados para a Rússia desde o inicio da guerra. “Temos números impressionantes. Estamos a falar de 50.000 a 200.000 crianças, das quais conhecemos os detalhes: nomes, datas de nascimento e assim por diante”, disse, adiantando que “muitos são hoje reféns”.

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Croácia vence Marrocos e entra no pódio do Mundial

  • ECO
  • 17 Dezembro 2022

A selecção Croata venceu Marrocos por 2-1 e conquistou o terceiro lugar no Mundial do Qatar. Golos foram marcados na primeira parte.

A Croácia conquistou o terceiro lugar no Mundial do Qatar ao bater a seleção de Marrocos por 2-1, num jogo bastante dividido entre as duas equipas.

A Croácia foi a primeira a marcar, aos seis minutos, na sequência de um livre. Numa jogada de laboratório, Joško Gvardiol cabeceou para o fundo das redes da baliza à guarda de Yassine Bounou. Marrocos respondeu de imediato, também num lace de bola parada, com Achraf Dari a fazer um golo de cabeça aos oito minutos.

Mislav Oršić desfez a igualdade aos 42 minutos, com um pontapé de ângulo difícil que bateu no poste antes de entrar na baliza de Marrocos. A seleção comanda Zlatko Dalić deixa o Qatar com a medalha de bronze, depois de ter perdido nas meias-finais contra a Argentina.

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Programa Regressar chega a 11 mil pessoas, incluindo agregados

Portugueses regressam sobretudo da Suíça, França e Reino Unido. Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social anunciou o lançamento de uma plataforma para divulgar ofertas de trabalho.

O Progama Regressar já beneficiou 11 mil pessoas, incluindo todo o agregado familiar, revelou este sábado a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, durante uma ação de divulgação do incentivo fiscal na fronteira de Vilar Formoso.

O Programa Regressar atingiu 11 mil pessoas, incluindo os agregados abrangidos. Os principais países de onde as pessoas estão a regressar são Suíça, França e Reino Unido. A principal faixa etária é entre os 22 e s 44 anos”, afirmou a ministra em declarações à CNN Portugal, num balanço da iniciativa, que permite aos contribuintes que voltem para o país pagar IRS sobre apenas 50% dos rendimentos, num período que pode ir até aos cinco anos. Para serem abrangidos, não podem ter residido em Portugal nos três anos anteriores.

“Muitas destas pessoas saíram de Portugal entre 2011 e 2015, numa altura difícil em que não havia facilidade em encontrar trabalho”, disse a ministra, que participava na ação “Natal sem fronteiras”, em Vilar Formoso, que visa divulgar as vantagens do programa junto dos emigrantes que chegam ao país.

“Muitas são pessoas que estão numa fase de decisão de ter filhos e veem neste regresso às origens a possibilidade de poder estar com a família e ter um suporte para a decisão de terem filhos”, explicou Ana Mendes Godinho. Outro fator que tem contribuído para a adesão é a “possibilidade que o teletrabalho abriu de poderem estar a trabalhar de Portugal para qualquer sítio no mundo”.

O Programa Regressar destinava-se inicialmente apenas a quem viesse com contrato de trabalho, mas passou também a abranger quem voltasse para lançar o seu próprio negócio. Passou também a existir uma discriminação positiva para quem for residir para o interior, através da majoração do apoio concedido pelo IEFP. “Neste segundo semestre o número de pedidos aumentou e é o maior de sempre”, afirmou a ministra.

Ana Mendes Godinho anunciou que será lançada uma plataforma para comunicar as ofertas de emprego disponíveis em Portugal. “Uma das coisas que queremos garantir é fazer chegar junto dos portugueses que estão no mundo as oportunidades de trabalho que existem em Portugal, que podemos comunicar de uma forma simples. Muitas vezes as pessoas não sabem, estão de alguma forma desconectadas e não têm informação suficiente, e portanto vamos passar a ter uma plataforma que diz às pessoas oportunidades de trabalho em Portugal”, afirmou.

O Orçamento do Estado para 2022 prolongou a vigência do Programa Regressar até 2026.

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Inflação nos 9,9%. Que produtos estão mais caros?

O ritmo da subida de preços está a abrandar, mas mesmo assim alguns produtos continuam a pesar na carteira. Já outros, como os combustíveis, ficam mais em conta.

O INE confirmou que a inflação abrandou em novembro, com o índice de preços no consumidor a crescer 9,9% em relação ao ano anterior. Os preços cresceram também face a outubro, mas em menor dimensão. Os combustíveis e os hotéis ficaram menos caros no 11º mês do ano, mas alimentos e bebidas como o vinho e o leite viram um aumento no preço.

Veja o vídeo para perceber que produtos ficaram mais caros, bem como aqueles que pesaram menos na carteira.

http://videos.sapo.pt/psMS6zzftVRvCNt85D60

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