Portugueses batem recordes e fazem 250 mil testes por dia

Só em janeiro, Portugal fez mais de 6 milhões de testes à Covid, o que dá uma média de cerca de 250 mil testes/dia, segundo os dados cedidos ao ECO. É o valor mais elevado desde o início da pandemia.

Só em janeiro, Portugal já realizou mais de seis milhões de testes à Covid, o que representa uma média de cerca de 250 mil testes diários e o valor mais elevado desde o início da pandemia, segundo os dados cedidos pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) ao ECO.

A elevada transmissibilidade da variante Ómicron tem provocado um aumento significativo de casos de infeção por Covid-19, com o país a tocar máximos desde o início da pandemia. Para conter este avanço, o Governo tem centrado a sua estratégia no reforço da vacinação contra a Covid, bem como no incentivo à testagem em massa, por forma a evitar danos mais pesados na Economia.

entre 1 e 25 de janeiro deste ano, já foram realizados 6.286.230 testes de diagnóstico à Covid, dos quais mais de 4,3 milhões são testes rápidos de antigénio (69,7% do total) e mais de 1,9 milhões são testes PCR (30,3%). Contas feitas, são “cerca de 250 mil testes laboratoriais por dia“, sinaliza a entidade liderada por Fernando de Almeida, em resposta ao ECO. Este é, portanto, um valor recorde de testes feitos em Portugal, superando a fasquia atingida em dezembro de 2021, período em que tinham sido feitos mais de 5,4 milhões de testes (cerca de 174 mil testes por dia).

Em termos acumulados, desde o início da pandemia e até 25 de janeiro deste ano, Portugal já realizou mais de 33 milhões de teste à Covid, do quais mais de 18,5 milhões PCR (56,1% do total) e mais de 14,5 milhões testes rápidos de antigénio (43,9%), adianta ainda o INSA. Contas feitas, o número de testes realizados em janeiro representam 18,9% do total de testes feitos, desde o início da pandemia.

Face ao elevado número de casos, os laboratórios e as farmácias não têm tido mãos a medir para a enchente de marcações. Especialistas ouvidos pelo ECO admitem que uma “saturação do sistema de testagem”, nomeadamente nos laboratórios, que poderá estar a levar a que o número real de infeções possa ser superior. Atualmente, os testes PCR continuam a ser o método de referência para notificação de casos em Portugal, contudo, para certas situações, a DGS já admite a realização de testes rápidos de antigénio, como é o caso dos sintomáticos, de acordo com a norma 004/2020 da DGS.

Apesar desta “enchente”, o INSA garante que os laboratórios e as farmácias “têm mostrado capacidade de adaptação para escalar a resposta às necessidades de testagem nacional, afetando mais recursos humanos, abrindo novos pontos de testagem ou alargando horários de funcionamento, se necessário”. Nesse sentido, o organismo sublinha que, em linhas gerais, os laboratórios têm comunicado os resultados dos testes PCR entre 12h a 24h após a sua realização e entre 1h a 4h horas, no caso dos testes rápidos de antigénio. No entanto, admitem que “pontualmente, é possível que possam subsistir alguns constrangimentos”, devido à elevada procura.

De referir ainda que a exigência de apresentação de teste negativo à Covid ou, em alternativa, certificado de recuperação continua a vigorar para alguns setores, como para entrar em bares e discotecas, para as visitas em lares, visitas a pacientes internados em estabelecimentos de saúde, grandes eventos e eventos sem lugares marcados ou em recintos improvisados e recintos desportivos (salvo decisão da DGS), bem como para voos que cheguem a Portugal. Além dos recuperados, excluídos desta exigência estão as pessoas que tomaram a dose de reforço há mais de 14 dias.

Grande parte destes testes são pagos pelo Estado. Até ao final de novembro, a realização de testes PCR custaram 257,6 milhões de euros aos “cofres” do Estado, de acordo com os dados da Administração Central do Sistema de Saúde. Se a esse valor se somar os testes feitos entre o início de dezembro e 25 de janeiro, a despesa com os testes à Covid deverá superar os 375 milhões desde o início da pandemia, segundo as estimativas realizadas pelo Público (acesso pago).

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