Antiga funcionária do BNP recebe indeminização de 2 milhões por discriminação salarial
Um tribunal de Londres deu razão a uma antiga funcionária do BNP, que se queixou de discriminação salarial face aos colegas do sexo masculino. Recebeu uma indeminização de dois milhões de libras.
Uma antiga funcionária do BNP Paribas recebeu uma indemnização de 2 milhões de libras (cerca de 2,4 milhões de euros) por ter sido discriminada injustamente por causa do seu género, avança o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).
O caso foi conhecido em 2019, quando um tribunal em Londres considerou que a trabalhadora do BNP Paribas, Stacey Macken, foi vítima de discriminação sexual. Esta antiga funcionária, que ingressou no banco francês em 2013 na divisão de corretagem e que recebia um salário anual de 125 mil libras (cerca de 150 mil euros anuais), alegava que auferia de um salário abaixo daquele que recebiam os seus colegas do sexo masculino que desempenhavam funções semelhantes às suas e que lhe foram atribuídos sistematicamente prémios inferiores. Além disso, Stacey Macken revelou ainda ter sido sujeita a comentários depreciativos.
Face a estes argumentos, o juiz considerou que “este é um caso em que houve um motivo discriminatório e em que a conduta foi maldosa e vingativa”, pelo que determinou o pagamento de uma indemnização à vítima. O montante foi fixado em dois milhões de libras, tendo sido calculado em agosto do ano passado, ainda que a decisão só foi tornada pública esta segunda-feira.
Neste contexto, a juíza trabalhista Emma Burns ordenou que este montante fosse dividido em várias partes: 217.946 libras por perdas salariais, 117.491 libras por bónus perdidos, 857.044 libras por danos causados no futuro, bem como uma compensação adicional, que inclui 35 mil libras por “lesão aos sentimentos” e 22.915 libras por perda de emprego. A justiça londrina sublinhou, no entanto, que o BNP já havia pago à funcionária 667.380 libras.
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