Caixa encarece contas sem bonificação e tira borla às contas de idosos com mais de 5 mil euros

Banco vai passar a cobrar manutenção nas contas à ordem de titulares com mais de 65 anos e que tenham saldos de mais de 5.000 euros.

A Caixa Geral dos Depósitos (CGD) é o último dos grandes bancos em Portugal a aumentar as comissões de alguns dos seus serviços. As alterações ocorrem nas contas sem bonificação, com o banco a procurar aumentar a vinculação do cliente, e os cheques também vão sair mais caros. Além disso, também aperta no critério de isenção nas contas à ordem de quem tem mais de 65 anos: os saldos acima dos cinco mil euros passam a pagar comissão de manutenção, quando até agora dava essa “borla” aos saldos até 20 mil euros.

Depois do BCP, BPI, Santander e Novobanco, agora é a vez de a Caixa a avançar com uma alteração do seu preçário a partir de 1 de abril, conforme já dá conta no seu site.

Para os particulares, as alterações ocorrem sobretudo nas contas pacote sem bonificação, aquelas contas sem domiciliação de ordenado e que registam compras com cartão abaixo de 50 euros mensais. Há lugar a um aumento da comissão de manutenção em 30 cêntimos por mês ou 3,6 euros por ano (mais imposto de selo de 0,4%) nestas contas.

Assim, quem tem Conta Caixa S sem bonificação vai passar a pagar uma comissão de 5,25 euros por mês (63 euros por ano, mais imposto de selo). Na Conta Caixa M sem bonificação e Conta Caixa L sem bonificação (esta já descontinuada), a comissão é agravada para 9,3 euros. Há ainda subidas de 30 cêntimos nas comissões de manutenção na conta Cliente Caixa Azul ou Caixa Platinum sem bonificação e Outros Clientes com bonificação (passa para 7,3 euros) e na Conta Caixa Azul sem bonificação (sobe para 14,3 euros).

Outra alteração que vai afetar os idosos com mais de 65 anos nas contas à ordem: até agora a Caixa isentava quem tem essas contas com saldos até 20 mil euros, mas vai baixar essa fasquia para os cinco mil euros. Ou seja, passa a cobrar uma comissão de manutenção mensal de 4,95 euros (máxima) a partir dos cinco em vez dos 20 mil. Estes clientes poderão manter a isenção se aplicarem dinheiro em produtos do banco.

As principais motivações para a alteração de preços são o aumento da vinculação dos nossos clientes (através da adesão às soluções que já disponibilizamos) e a alteração de comportamentos para práticas mais eficazes do ponto de vista dos clientes e da Caixa, mantendo o princípio de proteger as pessoas de mais idade com baixos rendimentos e os mais jovens”, diz a Caixa.

Quanto aos cheques, que estão cada vez mais em desuso, também há um agravamento generalizado, com o banco a justificar-se com o “objetivo é apoiar a transição para práticas de pagamento mais eficazes, seguras e cómodas para os clientes particulares e de aceitação universal nos comerciantes”. A título de exemplo, pedir módulos de 11 ao balcão vai custar 27,4 euros, mais 2,1 euros do que atualmente.

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