Boris Johnson perde quatro assessores em poucas horas

O chefe de gabinete do primeiro-ministro britânico e mais três assessores deixaram Downing Street esta quinta-feira, numa altura em que Boris Johnson está cada vez mais pressionado a demitir-se.

Quatro assessores do gabinete do primeiro-ministro britânico demitiram-se num espaço de poucas horas, numa altura em que cresce a pressão para Boris Johnson apresentar a demissão, avança a BBC (acesso livre, conteúdo em inglês).

Munira Mirza, líder da unidade política foi a primeira a pedir a demissão, na terça-feira, por considerar que o primeiro-ministro devia ter pedido desculpa ao líder da oposição, depois de ter deixado implícito que Keir Starmer, líder do partido Trabalhista, optou por não processar o pedófilo e antigo apresentador da BBC Jimmy Savile, quando era procurador em 2009.

Horas depois, foi a vez de Jack Doyle anunciar a saída. “As últimas semanas tiveram um impacto terrível na minha vida familiar”, disse aquele que era até então diretor de comunicação de Boris Johnson, acrescentando, no entanto, que a sua intenção foi sempre ficar apenas dois anos no cargo.

Estas renúncias foram seguidas pelas demissões do chefe de gabinete do primeiro-ministro, Dan Rosenfield, e pelo funcionário público sénior Martin Reynolds. Segundo a BBC, o porta-voz de Downing Street disse que Rosenfield tinha apresentado a renúncia ao primeiro-ministro esta quinta-feira, mas permaneceria no cargo até que um sucessor fosse encontrado.

O primeiro-ministro britânico está sob forte pressão para se demitir, até entre as próprias fileiras do partido conservador (tory). Em Westminster, segundo a BBC, 17 deputados tory já assinaram moções de não-confiança a Johson, mas são ainda necessários 54 deputados para desfaiar a liderança.

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