Analistas consultados pelo BCE reveem em alta inflação na Zona Euro para 3% este ano
Os analistas atribuíram as revisões em alta principalmente aos aumentos dos preços da energia e ao impacto dos desequilíbrios entre a oferta e a procura.
Analistas consultados pelo Banco Central Europeu (BCE) reviram em alta as previsões de inflação e esperam agora que a taxa atinja 3% em 2022, contra 1,9% no inquérito anterior realizado no quarto trimestre.
O BCE disse esta sexta-feira que os analistas consultados reviram em alta as suas previsões de inflação até 2026 e também de inflação de base, que exclui a energia, a alimentação, o álcool e o tabaco. Também reviram em baixa as previsões de crescimento para este ano e em alta para 2023.
O BCE precisa que realizou o inquérito entre 07 e 13 de janeiro deste ano e recebeu 62 respostas de analistas de instituições financeiras e não financeiras da União Europeia (UE). Os analistas previram uma inflação de 1,8% em 2023 (contra 1,7% no inquérito anterior), e 1,9% em 2024 (não havia números para 2024 no inquérito anterior).
Os analistas atribuíram as revisões em alta principalmente aos aumentos dos preços da energia e ao impacto dos desequilíbrios entre a oferta e a procura. Preveem também uma inflação média a longo prazo em 2026 de 2%, contra 1,9% no inquérito anterior realizado no quarto trimestre de 2021.
Para a inflação de base, que desconta os elementos mais voláteis como a energia, a alimentação, o álcool e o tabaco, preveem 2% em 2022 (contra 1,5%), 1,8% em 2023 (contra 1,6%) e 1,9% em 2024.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, reconheceu na quinta-feira que a situação mudou, que existem riscos ascendentes para os preços e não excluiu uma subida das taxas de juro em 2022 como tinha feito agora. Os números da inflação de janeiro de 5,1% aumentaram as expectativas do mercado de um aumento das taxas de juro este ano na zona euro.
Os analistas inquiridos pelo BCE esperam agora que a economia da zona euro cresça 4,2% (4,5%) em 2022, 2,7% (2,2%) em 2023, 1,7% (1,7%) em 2024 e 1,5% (1,5%) em 2026. Os inquiridos esperam que a variante Ómicron da covid-19 resulte num abrandamento temporário do crescimento económico no quarto trimestre de 2021 e no primeiro trimestre de 2022, mas que se acentue no segundo e terceiro trimestres de 2022.
Mantêm as expectativas de que a atividade económica supere o nível pré-pandemia do quarto trimestre de 2019, no quarto trimestre de 2021, e consideram que o Produto Interno Bruto (PIB) excederá o ritmo esperado antes da pandemia em 2023, quando no inquérito anterior, disseram que o faria em 2024.
O desemprego será de 7,2% em 2022 (7,4%), 6,9% em 2023 (7,2%) e 6,8% em 2024. A perspetiva do desemprego de longo prazo cai para 6,7% (7%).
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