Laboratórios Germano de Sousa alvo de ataque informático

  • Lusa e ECO
  • 10 Fevereiro 2022

“Eu creio que foi mais do que um ataque informático”, adiantou o administrador e fundador do grupo Germano de Sousa de Sousa, explicando que foi um vírus que entrou no sistema informático.

Os Laboratórios do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa foram esta quinta-feira alvo de um ataque informático, mas estão a trabalhar normalmente, disse à Lusa o proprietário da rede de laboratórios. Por volta do meio-dia, o centro de Carnide, em Lisboa, não estava a receber pessoas, enquanto era feito o diagnóstico do ataque.

“Eu creio que foi mais do que um ataque informático”, adiantou o administrador e fundador do grupo, Germano de Sousa, explicando que foi um vírus que entrou no sistema informático, mas que já está tudo “praticamente resolvido”.

“Eles lançam centenas de vírus deste tipo e um entrou no nosso sistema. Felizmente temos tudo em duplicado e neste momento estamos a repor e a limpar tudo, estando a trabalhar normalmente”, adiantou o médico patologista. Segundo Germano de Sousa, as ligações informáticas com os hospitais da CUF, que são parceiros laboratoriais, foram suspensas por “uma questão de segurança”.

Em declarações à RTP3, o presidente da empresa, José Germano de Sousa, deu mais detalhes sobre o incidente: “Começámos o dia com contingências no nosso serviço. [O ciberataque] afetou sobretudo a comunicação entre postos de colheita e laboratórios centrais e clientes.”

Ainda assim, o posto central em Carnide “não está a receber pessoas” para colheitas, porque encontra-se a fazer diagnóstico do problema”, explicou.

“Somos uma empresa que, há largos anos, fazemos investimento em cibersegurança. Não estamos alheados da realidade, temos uma empresa em outsourcing dedicada a cibersegurança”, contou.

José Germano de Sousa detalhou que, às 7h00, recebeu um telefonema dos diretores do departamento tecnológico por ter sido detetada “muita instabilidade nas nossas comunicações” e foi detetado que era “um ataque de malware“.

“Tivemos de começar a bloquear comunicações em grupos de postos específicos, de acordo com determinadas caracterizações de comunicação”, contou o responsável, que garantiu que o laboratório continuou “a funcionar sem problema nenhum”. “Eu consigo trabalhar, consigo ter o laboratório a funcionar. Mas tenho 500 postos de colheita”, disse.

Em casos pontuais pode haver cancelamento de marcações, assumiu.

O gestor assegurou que não há indícios de que tenha havido “corrupção” das bases de dados e acesso a dados sensíveis dos utentes. A empresa cortou também as comunicações com a CUF, “por questões de segurança”.

(Notícia atualizada às 11h50 com mais informações)

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