Do fim das limitações no trabalho e lojas ao uso de máscara, estas são as recomendações dos peritos

Especialistas dizem que "estamos no momento ideal para passar a medidas" menos restritivas, reiterando que se deve fazer uma avaliação quinzenal.

Os especialistas de saúde pública, ouvidos na chamada reunião do Infarmed, defendem que “está na altura de aliviar as medidas” de controlo da pandemia. É proposto um novo quadro, que contempla o fim das limitações para o trabalho, estabelecimentos comerciais, bares e discotecas, a utilização da máscara em locais interiores públicos e no exterior em grandes concentrações, e o certificado digital para “saúde ocupacional”.

“O que propomos é que estamos em situação de passar a um nível de menos medidas restritivas”, apontou a pneumologista Raquel Duarte, no encontro desta quarta-feira, frisando que é preciso “monitorizar o que se passa na população” e estar atento “a populações de maior vulnerabilidade”.

Assim, quanto à testagem, é proposto que se mantenha em algumas situações, como populações de maior vulnerabilidade e funcionários de pré-escolar. Os testes devem também ser feitos em locais de maior risco de transmissão e a pessoas com sintomas.

Os especialistas defendem que, neste nível, “não haja mais limitações no acesso aos estabelecimentos”, com a utilização do certificado em certas situações de saúde ocupacional, como a entrada de novos trabalhadores. “Propomos que haja utilização ainda da máscara, obrigatória em locais interiores públicos e no exterior em locais de grande densidade populacional”, acrescenta Raquel Duarte.

A proposta dos especialistas é então que a máscara seja obrigatória em locais interiores públicos, serviços de saúde, para profissionais que lidam com populações vulneráveis, transportes públicos e TVDE e ainda locais exteriores de grande densidade populacional.

A pneumologista e antiga secretária de Estado da Saúde diz também que o país está “no momento ideal para passar a medidas de nível 1”, reiterando que se deve fazer uma avaliação quinzenal do quadro de restrições. Os indicadores a seguir são a mortalidade (menos de 20 casos por milhão de habitantes a 14 dias) e hospitalização em UCI (inferior a 170 camas).

Neste cenário, é também necessário “ter em atenção variantes que podem surgir”, alertou, e prosseguir com a “monitorização, vacinação, ventilação, a utilização da máscara em ambientes de risco”. “Temos de nos preparar para a ocorrência de novos surtos”, bem como “preparar população para mudança de comportamentos”, concluiu Raquel Duarte.

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