Adiado lançamento da vacina anti-Ómicron da Pfizer

O lançamento da vacina Covid que o consórcio Pfizer/BioNTech está a desenvolver adaptada à variante Ómicron vai ser adiado por várias semanas, devido a um processo de recolha de dados mais lento do que o previsto, revelou o presidente executivo da BioNTech, Ugur Sahin, ao jornal alemão Bild, citado pela Reuters.

A BioNTech esperava lançar a vacina até ao final de março, mas agora, face ao atraso no processo, Sahin indicou que assim que a vacina esteja pronta, a empresa avaliará se ainda é necessária. “Se esta vaga terminar, isso não significa que não possa começar de novo”, apontou o responsável, acrescentando que a BioNTech está disponível para criar novas vacinas à medida que surgissem variantes, se necessário. Além disso, Sahin sublinhou que não vê este atraso como “dramático”.

A 25 de janeiro, a Pfizer anunciou que deu início aos ensaios clínicos em humanos da vacina que está a desenvolver contra a Covid mais adaptada à variante Ómicron. O objetivo é contar com a participação de até 615 voluntários que tenham concluído o esquema vacinal primário entre três a seis meses antes do ensaio clínico, outros 600 que já tenham recebido a dose de reforço entre três a seis meses antes e outros 200 que ainda não tenham recebido qualquer vacina. Neste último caso, os voluntários vão receber duas doses da vacina dirigida à Ómicron com três semanas de intervalo e uma terceira dose seis meses depois.

Recorde-se que ainda não há dados científicos suficientes para aferir se uma quarta dose da vacina contra a Covid-19, mais adaptada à variante Ómicron, será mesmo necessária. Não obstante, em dezembro o primeiro-ministro revelou que Portugal já iniciou o processo de aquisição de vacinas caso se venha a verificar necessário, no âmbito da aquisição conjunta da UE.