Baterias podem ter causado incêndio em navio que transportava 4.000 carros

O navio que começou a incendiar na passada quarta-feira ao largo da ilha do Faial, no arquipélago dos Açores, transportava cerca de 4.000 automóveis do grupo Volkswagen, entre os quais 1.100 Porsches e 189 Bentleys.

As baterias de iões de lítio nos carros elétricos que estavam a bordo do navio Felicity Ace arderam, mas não ficou claro se foram as baterias a provocar o incêndio, que ainda se mantém ativo. “Todo o navio, desde a proa à popa está a arder”, sem problemas de poluição, pelo que o “principal perigo” é “estar à deriva”, disse esta sexta-feira à agência Lusa o capitão do Porto da Horta, João Mendes Cabeças.

Contudo, Mendes Cabeças indicou ainda que “o incêndio continua ativo, tendo em conta o material que o navio transportava, nomeadamente automóveis, a maioria dos quais elétricos, pelos que as baterias vão continuar a arder”.

O navio mercante, com bandeira do Panamá, navegava a 90 milhas náuticas (cerca de 170 quilómetros) a sudoeste da ilha do Faial, nos Açores, quando emitiu, na quarta-feira de manhã, um alerta por ter “fogo ativo no porão de carga”. Segundo a Associated Press (AP), o Felicity Ace partiu de Emden, na Alemanha, rumo ao porto de Davisville, no estado norte-americano de Rhode Island.

Citado pela agência Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês), João Mendes Cabeças acrescentou que a embarcação não pode ser rebocada para os Açores porque é tão grande que iria bloquear o comércio no porto da ilha. A Reuters refere que será rebocado para outro país europeu ou para as Bahamas.

O Grupo Volkswagen disse em comunicado à AP que o Felicity Ace transportava veículos construídos na Alemanha para os Estados Unidos, escusando-se a dar informações sobre eventuais consequências que o incidente pode trazer aos clientes ou para a empresa.