Crash na bolsa de Moscovo com queda histórica de 33%. Europa perde 4% e também está sob pressão

Guerra na Ucrânia leva índices russos a quedas históricas: afundaram mais de 30% num ápice e suspendeu-se negociação. Pela Europa, as principais praças perdem mais de 4%.

A ofensiva militar da Rússia na Ucrânia já está a fazer vítimas em casa: os índices russos RTS e MOEX afundaram mais de 30% antes de verem a negociação suspensa. Pela Europa, os principais índices também arrancaram sob forte pressão vendedora, cedendo mais de 4%. Lisboa perde mais de 3%. O petróleo dispara e já vale mais de 100 dólares por barril. Vai ser uma longa sessão para os investidores à medida que as tropas russas vão atacando o país e se espera reações internacionais contra o ataque.

O PSI-20 cai 3,28% para 5.252,59 pontos com quase todas as cotadas a negociar no vermelho. O BCP afunda 9,57% para 0,1625 euros, arrastado por todo o setor da banca europeia — o Stoxx Banks perde 7,99%, onde bancos como o Raiffeisen e Erste afundam mais de 11%, Deutsche e Commerbank mergulham 10%.

BCP é o mais castigado em Lisboa

Navigator, Altri e Sonae também recuam em torno de 6%. Apenas a EDP Renováveis escapa à maré vermelha em Lisboa (e também na Europa), ao subir 4%.

O DAX alemão — considerado um dos mais vulneráveis devido à dependência do país ao gás russo — cai 4,4% e é seguido de perto por outros importantes índices europeus: o espanhol IBEX-35 desvaloriza 4,3% e o CAC-40 perde 3,9%. O índice Stoxx 600 — que reúne as 600 principais companhias europeias — recua mais de 3%.

As forças russas atingiram com mísseis várias cidades ucranianas nas últimas horas e as forças estão a avançar na costa Sul esta quinta-feira, de acordo com os oficiais e vários media, depois de o Presidente Vladimir Putin ter autorizado o que chamou de operação militar especial. Já há relatos de mortes e vítimas. Bruxelas já prometeu sanções “pesadas” contra Moscovo.

Por outro lado, os preços da energia estão a disparar nos mercados internacionais. O Brent para entrega a 28 de fevereiro acelera 5,77% para 102,50 dólares por barril e supera a fasquia dos 100 dólares pela primeira vez desde 2014. Em Nova Iorque, o WTI para entrega a 22 de março valoriza 5,52% para 97,19 dólares por barril. O gás natural também regista valorizações de mais de 30%. A Rússia é um dos principais produtores tanto de petróleo como de gás.

ouro valoriza agora 1,87% para 1.942,51 dólares por onça, o valor mais elevado desde janeiro de 2021, com os investidores a procurarem refúgio no metal amarelo.

(Notícia atualizada às 14h30)

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