Corrida ao armamento faz disparar empresas em bolsa
Anúncio de que a Alemanha vai aumentar de forma expressiva o seu orçamento da Defesa impulsionou ações do setor na Europa e nos EUA.
A guerra na Ucrânia e as ameaças de Putin ao Ocidente estão a levar a um aumento das despesas com armamento, impulsionando as ações das empresas do setor. Algumas subiram mesmo para valores recorde.
A britânica BAE Systems encerrou a sessão de segunda-feira a subir 10,2%, para 719,6 libras por ação, tendo chegado a valorizar 15,8%. A alemã Rheinmetall disparou 24,8% para 133,6 euros. Ambas negociaram em máximos históricos. A francesa Thales ganhou 11,9% e a Italiana Leonardo SpA somou 15%.
As valorizações estenderam-se aos EUA, com a Lockeeed Martin, que fabrica os jatos F-35, a chegar a valorizar mais de 5%, enquanto a Raytheon Technologies sobe 3,7% e a Northrop Grumman perto de 7%. Algumas tecnológicas que trabalham para o setor também estiveram em alta.
Isto num dia em que índice acionista pan-europeu Stoxx 600 fechou praticamente inalterado (-0,09%) e os principais indicadores dos mercados norte-americanos apresentam perdas ligeiras.
No domingo, o chanceler alemão fez história no Bundestag ao anunciar a criação de um fundo de 100 mil milhões de euros para a modernização das forças armadas e aumentar o orçamento para a defesa para mais de 2% do PIB. O valor estimado para 2021 foi de 1,53%. Olaf Scholz anunciou ainda que a Alemanha vai ceder armamento à Ucrânia.
O chanceler alemão não foi o único a fazer história. Também no domingo, a presidente da Comissão Europeia anunciou que pela primeira vez a União Europeia vai financiar apoio militar para um país sob ataque, comprando armamento para a Ucrânia no valor de 450 milhões de euros.
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