Medidas fiscais devem responder à subida dos preços, diz AHRESP
AHRESP defende que Orçamento do Estado para 2022 deve ter ajustes fiscais de resposta à subida dos preços energéticos e produtos agrícolas, e considera que economia ainda não saiu da crise pandémica.
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defendeu esta sexta-feira que o Orçamento do Estado para 2022 contemple “ajustamentos na área fiscal para responder à subida dos preços”, agora agravada pela invasão russa da Ucrânia.
“A tragédia humana vivida na Ucrânia terá consequências profundas para a Europa e para o mundo, mas terá, também, consequências inevitáveis para a economia, que ainda não conseguiu sair da crise gerada pela pandemia. Um dos temas mais prementes é o aumento dos custos energéticos e de produtos agrícolas, que irá repercutir-se na inflação”, sustenta a AHRESP no seu boletim diário.
Assim, a associação defende que “o novo Executivo, que tomará posse dentro de um mês, deverá planear o Orçamento do Estado para 2022 tendo já em conta este novo contexto”, destacando, em concreto, “a importância de haver ajustamentos necessários na área fiscal para responder à subida dos preços”.
A Rússia invadiu a Ucrânia na madrugada de 24 de fevereiro, numa ação descrita pelo Presidente Vladimir Putin como uma “operação militar especial” para proteger as pessoas que “têm sofrido abusos e genocídios por parte do regime de Kiev durante oito anos”.
Putin disse que a operação visa “desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia”, recordou a agência TASS.
A invasão foi criticada pela generalidade da comunidade internacional.
A União Europeia (UE), países como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Japão ou a neutral Suíça, bem como federações desportivas, impuseram sanções duras à Rússia, que estão a afetar setores como a banca, a aviação ou o desporto.
As sanções também visam individualidades russas, como o próprio Putin ou o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov.
A ONU deu conta de que mais de um milhão de pessoas fugiram para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia desde o início da invasão da Ucrânia.
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