Preço grossista da luz vai disparar para 366,55 euros/MWh no sábado. O segundo valor mais caro de sempre

O preço médio grossista da luz atingirá no sábado os 366,55 euros/MWh, uma subida de 7,6% face ao registado esta sexta-feira. É o 2º valor mais elevado, depois do recorde alcançado a 23 de dezembro.

O preço da eletricidade no mercado grossista vai atingir os 366,55 euros por megawatt-hora (MWh) no Mibel no sábado, o que representa um aumento de 7,6% face à média de 340,7 euros registados esta sexta-feira.

Apesar de o gás natural ter recuado ligeiramente, o preço médio do MWh em Portugal no sábado vai subir para 366,55 euros, segundo dados provisórios da Omie, o operador do mercado ibérico. O preço deverá ser o mesmo no caso de Espanha.

Trata-se do segundo valor mais alto de sempre no mercado ibérico, quando atingiu os 383,67 euros por MWh do passado dia 23 de dezembro, segundo o balanço do Expresso. No entanto, importa sublinhar que os valores vão oscilar durante o dia, pelo que o “pico” deverá ser atingido entre as 19h e as 20h deste sábado, com cada MWh produzido a custar 409,30 euros em Portugal e Espanha e o mínimo a ser alcançado entre as 15h e as 16h (311 euros/MWh).

Este aumento surge numa altura em que os preços do gás natural têm tocado máximos. Ao início da manhã desta sexta-feira, a cotação europeia do gás natural estava a subir 6,57% para os 171,395 euros por megawatt hora (MWh), valor que contrasta com o recorde de 199,99 euros alcançado na quinta-feira de manhã.

A escalada dos preços da energia está relacionada com constrangimentos no mercado agravados pela invasão da Rússia à Ucrânia, num contexto em que a Europa está bastante dependente do gás russo.

Neste contexto, na conferência organizada pelo ECO sobre a “Guerra na Europa e o choque energético”, o secretário de Estado Adjunto e da Energia sinalizou que o Governo não pode garantir “que não haja subidas” no preço da eletricidade para os consumidores, quando a ERSE fizer a revisão do tarifário no início de abril, mas antecipa que a subida, a ocorrer, será “sempre marginal” e abaixo dos dois dígitos.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h10)

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