Encontro Nacional de Jovens RH contou com 65 estudantes. APG elegeu três projetos vencedores

Pela primeira vez, o evento contou com o "HR Management Challenge", um maratona noturna da qual saíram três equipas vencedoras, compostas por alunos da Coimbra Business School, ISPA e ISCTE.

A 14.ª edição do Encontro Nacional de Jovens RH, promovido pela Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas (APG), sob o tema “Diversidade & Inclusão”, contou com a participação de 65 alunos universitários. Pela primeira vez foi realizado o “HR Management Challenge”, uma maratona noturna da qual saíram três equipas vencedoras, compostas por alunos da Coimbra Business School, Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida (ISPA) e ISCTE Business. Estes estudantes apresentaram os seus projetos para resolverem desafios como a inclusão de migrantes e a diversidade geracional.

“Foram, ao todo, 65 alunos universitários, 16 equipas e oito universidades de norte a sul de Portugal Continental representadas que, ao longo de uma noite de 12 horas (das 20h00 até às 8h00 do dia seguinte), participaram em momentos networking, palestras, dinâmicas de grupo e, pela primeira vez realizado, o ‘HR Management Challenge’, um concurso internamente dedicado às temáticas de gestão de pessoas”, destaca a organização do evento.

Esta “maratona noturna” de 12h deu ainda a oportunidade para estes jovens RH mostrarem as suas competências, apresentarem pitches e realizarem networking com profissionais e mentores com vários anos de experiência profissional na área. No final, foram eleitas três equipas vencedoras.

1.º lugar: Coimbra Business School

O primeiro lugar do pódio pertenceu a uma equipa constituída por alunas da Coimbra Business School (Beatriz Batista, Catarina Palhinha, Ana Lúcia Sá e Cristina Aguiar). Na génese do projeto apresentado por estas estudantes — que resultou desafio que lhes foi atribuído durante o challenge — está a promoção da integração de colaboradores migrantes e refugiados.

Rebranding da marca, sessões de teambuilding para reforçar os laços entre os colegas, atividades que envolvem as famílias dos colaboradores e melhoria dos processos de comunicação foram algumas das soluções apontadas pelas jovens. “Tudo isto contribuiria para combater as dificuldades de aceitação das diferenças e métodos de trabalho. Para ajudar ainda mais, iria ser implementado um manual de acolhimento”, explica Ana Lúcia Sá à Pessoas.

“A nossa estratégia, desde a integração dos estrangeiros, migrantes e refugiados através da contratação, até ao apoio linguístico dado a esses indivíduos, pode ter aplicação nos mais variados mercados”, acredita a colega Catarina Palhinha. “É fulcral que os novos colaboradores sejam bem recebidos pela equipa e, para isso, é necessária que a mesma seja livre de preconceitos e esteja disposta a recebê-los. É também importante fortalecer os laços de equipa, e isto pode ser realizado através de atividades de team building e networking“, defende.

“Posteriormente, a estratégia terá de ser adaptada de setor para setor de atividade, podendo também ser ajustada aos objetivos e desafios das empresas”, salienta Catarina Palhinha, da Coimbra Business School.

2.º lugar: ISPA

Com um projeto que consistia em resolver problemas relacionados com diversidade e a inclusão de diferentes gerações numa empresa, Inês Lima, Tiago Barros Canadinhas, Ana Carolina Neves, Afonso Rosa e André Pedra são os estudantes do ISPA que compõem a equipa que venceu o segundo lugar do concurso.

“Neste projeto diagnosticámos a falta de presença nas redes sociais, a qual sugerimos uma rápida intervenção de forma aqui a empresa estivesse em todas as redes sociais (LinkedIn, Instagram, Facebook…). Identificámos também um problema na retenção de colaboradores e na passagem de conhecimento, ao qual sugerimos uma passagem de know-how dos colaboradores como mais anos de antiguidade na empresa aos colaboradores mais recentes, de forma a não se perderem os conhecimentos necessários para a prática da atividade, quando os colaboradores com maior conhecimento se retiravam da empresa”, esclarece André Pedra.

Os estudantes acreditam que a proposta apresentada, que incluiu também sugestões de atividades e de um sistema de avaliação de desempenho, pode ter aplicação no mercado e nas empresas. “Construímos a proposta sempre a pensar num custo benefício, e como nos foi explicado nas palestras dos nossos mentores ao longo da noite, pensámos não só como psicólogos e gestores de pessoas, mas também como financeiros e consultores”, justifica.

3.º lugar: ISCTE Business

Finalmente, os estudantes que arrecadaram o terceiro lugar do pódio foram Nélson Serrano, Sofia Neves, Márcia Mouta e Mariana Cruz, alunos da ISCTE Business. Precisamente com a mesma problemática que foi atribuída à equipa que representava a Coimbra Business School, estes estudantes tiverem de desenhar uma solução para o problema da fraca atração e retenção de talento de trabalhadores migrantes, estrangeiros e refugiados numa cadeia de restaurantes.

“Identificamos entraves como a língua, situação administrativa irregular, preconceito e as fracas condições de trabalho. Desta forma, começamos por delinear uma estratégia a nível interno, que foi subdividida em três áreas: a coesão, os benefícios e a gestão de competências”, começa por contar Márcia Mouta.

A coesão, com o objetivo de primeiramente desconstruir o preconceito com a aplicação de formações e práticas inclusivas como a refeição internacional ou multicultural, e em segundo lugar melhorar a comunicação e a união da equipa através de teambuildings e sessões de feedback recorrentes. Para além disso, a restauração acarreta nos trabalhadores longas horas de trabalho e um ambiente de stress e como tal, benefícios como o acesso a creches com horário alargado, acesso a apoio psicológico e seguros de saúde seriam uma mais valia para melhorar este ponto”, detalha a estudante.

Além destas três distinções, durante a noite foi ainda atribuída uma menção honrosa a Pedro António, Edgar Almeida, Ana Sofia Antunes e André Robalo, uma equipa de estudantes do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), da Universidade de Lisboa.

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