Prestações de desemprego caem em fevereiro para 208.657

  • Lusa
  • 21 Março 2022

As baixas por doença, por outro lado, voltam a atingir recorde em fevereiro com 586.273 subsídios.

As prestações de desemprego caíram 7,4% em fevereiro face a janeiro e 18,1% em relação ao período homólogo, para 208.657 subsídios, segundo as estatísticas mensais divulgadas esta segunda-feira pela Segurança Social.

“Este número indica o retomar da tendência decrescente que se verificava desde junho de 2021, com as exceções de setembro e janeiro passados”, realça o Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, na síntese estatística.

Na variação mensal, registou-se assim uma diminuição de 16.753 beneficiários e, face ao mesmo homólogo do ano anterior, o decréscimo foi de 46.116. Do total de prestações de desemprego processadas em fevereiro, o sexo feminino representou 57,3% e o sexo masculino 42,7%.

Foram processados 146.398 subsídios de desemprego, uma diminuição de 10.167 (-6,5%) face a janeiro e uma redução de 61.224 (-29,5%) em termos homólogos. Já o número de pessoas beneficiárias de subsídio social de desemprego inicial situou-se em 8.123 em fevereiro, uma redução de 171 pessoas (-2,1%) face a janeiro e uma diminuição homóloga de 2.165 (-21,0%).

O subsídio social de desemprego subsequente, abrangeu 20.295 beneficiários, um aumento mensal de 2.820 pessoas (+16,1%), mas uma redução homóloga de 2.873 beneficiários(-12,4%). A prorrogação da concessão do subsídio de desemprego abrangeu em fevereiro 27.663 pessoas, menos 7.322 (-20,9%) face ao mês anterior. O valor médio das prestações de desemprego foi de 548,73 euros em fevereiro.

Segundo os dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de desempregados inscritos nos centros de emprego recuou 3,3% em fevereiro em relação a janeiro e diminuiu 20,3% face ao mesmo mês do ano passado, para 344.264.

Quanto às pensões, as estatísticas da Segurança Social mostram que, em fevereiro, no âmbito dos vários regimes de segurança social, registou-se um total de 2.067.176 pensões de velhice.

Em comparação com o mês anterior, registou-se uma diminuição de 143 pensões de velhice e, face ao período homólogo, ocorreu um aumento de 4.190. As mulheres representaram 52,9% do total de pensões de velhice. Por sua vez, o número de pensões de sobrevivência foi de 731.520, um aumento de 53 em relação ao mês anterior e de 14.218 (+2,0%) em termos homólogos.

As pensões de sobrevivência continuam a ser predominantemente atribuídas a mulheres, com 81,3% do total de pensões desta eventualidade.

Baixas por doença voltam a atingir recorde em fevereiro com 586.273 subsídios

O número de baixas por doença voltou a atingir em fevereiro, pelo segundo mês consecutivo, um valor máximo de 586.273, devido aos subsídios associados à pandemia de covid-19.

De acordo com a síntese elaborada pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o número de beneficiários com processamento de prestações de doença atingiu em fevereiro o valor mais alto de sempre, tendo em conta os dados disponíveis (desde 2010), após um máximo registado em janeiro.

“Tal como no mês anterior, em fevereiro, devido à evolução da pandemia, registou-se um acréscimo mensal de 73.092 beneficiários (+14,2%), e na comparação homóloga houve um aumento de 283.850 beneficiários (+93,9%)”, pode ler-se no documento.

O número global de prestações engloba o subsídio de doença, o subsídio de doença profissional, o subsídio de tuberculose, a concessão provisória de subsídio de doença, as baixas por contágio e o subsídio por isolamento profilático (do próprio) pelo coronavírus.

Tal como em janeiro, a maioria das baixas em fevereiro estará relacionada com a covid-19, uma vez que os subsídios de doença diminuíram para 141.050 em fevereiro, dos quais 59% foram atribuídos a pessoas do sexo feminino.

O grupo etário entre os 50 e os 59 anos representa a maior proporção de pessoas de baixa por doença (30,4%), seguido pelo grupo de pessoas com idades entre os 40 e os 49 anos, que equivale a 26,0% do universo total analisado. O valor médio das prestações foi de 259,19 euros, segundo dados publicados no site da Segurança Social.

Já as prestações por assistência a descendentes abrangeram em fevereiro 40.478 pessoas, uma redução de 28,8% face a janeiro devido sobretudo ao elevado número de pedidos do subsídio por isolamento profilático associado à covid-19 (descendente) registado no primeiro mês do ano.

Face ao período homólogo, registou-se um aumento de 9.874 pessoas beneficiárias (+32,3%) das prestações por assistência a descendentes.

A Segurança Social tinha já registado um aumento significativo destes subsídios em dezembro de 2021, coincidindo com os picos do número de infetados com covid-19 devido à variante Ómicron.

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