Movimento de carga nos portos comerciais cai 3,7% em janeiro
Sines teve, em janeiro, a posição cimeira no ranking dos portos que maior volume de carga movimentam, com uma quota de 54,5%.
Os portos comerciais do Continente movimentaram 7,2 milhões de toneladas em janeiro, uma redução de 3,7% face ao verificado no mesmo mês do ano anterior, divulgou esta sexta-feira a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT). De acordo com um comunicado da AMT relativo ao relatório de acompanhamento do mercado portuário de janeiro, a queda foi de 13,5% comparando com o máximo registado em janeiro de 2017.
Em termos homólogos, a carga contentorizada foi a que mais contribuiu para a queda global, com uma descida de 8,1% “por efeito mais intenso da diminuição verificada no tráfego de transhipment [transbordo] em Sines”, explica a autoridade.
O petróleo bruto e a carga fracionada registaram, respetivamente, diminuições de 11,7% “integralmente refletido no porto de Sines” e de 13,8%, com maior impacto em Aveiro e Leixões.
Dos impactos positivos, a AMT destaca os produtos petrolíferos, cuja carga cresceu 9%, sobretudo com origem no porto de Sines. “A atividade portuária desenvolvida em janeiro confere a Sines a posição cimeira no ranking dos portos que maior volume de carga movimentam, com uma quota de 54,5%, a que se seguem Leixões com 17,3%, Lisboa com 11,9%, Setúbal com 6,9%, Aveiro com 6,8%, Figueira da Foz com 2,1%, Viana do Castelo com 0,3% e Faro com 0,03%”, indica a autoridade.
Segundo a informação, o tráfego de contentores recuou 10 mil TEU (unidade equivalente a 20 pés), correspondente a uma queda de 3,8%, por efeito determinante de Sines, que registou uma redução de 9,3%. Ainda assim, “o porto de Sines mantém a liderança com uma quota maioritária absoluta de 58,3%, seguido de Leixões com 23,6%, Lisboa com 11,5% e Setúbal com 5,8%”, avança a AMT.
Quanto ao movimento de navios em janeiro, foram registadas 754 escalas, uma redução homóloga de 6,1% “a que corresponde uma arqueação bruta total de 13,9 milhões, que reflete um ligeiro recuo de 0,5%”. “Este facto deve-se ao aumento da dimensão média dos navios de 5,9%, induzido particularmente pelo porto de Lisboa, que viu aumentar a dimensão média dos navios que o escalam em 80%, por efeito, naturalmente, do regresso progressivo dos navios de cruzeiro de passageiros”, pode ler-se no documento.
A autoridade refere que, “relativamente ao número de escalas, Douro e Leixões continuam a deter a quota mais expressiva, que ascende a 24,3%, seguindo-se-lhe Sines (21,8%) e Lisboa (20,2%)”.
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