Petróleo recua 1% para 107,65 dólares, mas sobe quase 5% na semana

O Brent está a descer 1%, um dia depois de ter tocado os 109 dólares. Mas a queda fica longe de apagar o disparo semanal que continua próximo dos 5%.

Os preços do petróleo aliviam mais de 1% esta quinta-feira, no rescaldo de duas sessões em que o valor da matéria-prima disparou nos mercados internacionais e o barril de Brent voltou a tocar os 109 dólares. O mercado petrolífero continua num estado de agitação, numa altura em que os traders põe na balança as perspetivas que apontam para um queda na procura, mas também uma redução na oferta.

Pelas 7h45 em Lisboa, o Brent, referência para as importações portuguesas, cedia 1,04% em Londres, para 107,65 dólares. A queda do norte-americano WTI era maior, com os futuros do light sweet a cederem 1,3%, para 102,93 dólares o barril.

Petróleo cede

Estas reduções ficam longe de apagar a escalada das últimas duas sessões, que fez o Brent escalar dos 98,48 dólares no final da sessão de segunda-feira para 108,78 dólares na sessão desta quarta, após duas valorizações intradiárias de 6,26% (terça) e 3,96% (quarta). A subida semanal chega, assim, aos 4,76%.

A Reuters avança que os maiores traders de petróleo do mundo estão a planear reduzir as compras de petróleo e derivados a fornecedores controlados pela Rússia. A decisão pode efetivar-se já no dia 15 de maio e visa evitar um choque com um eventual embargo ao petróleo russo que possa ser aplicado pela União Europeia, ainda que esta sanção não tenha, para já, o apoio de todos os Estados-membros.

Esta expectativa de uma menor oferta no mercado tem puxado pelos preços do crude, mas os investidores também estão a pesar a notícia desta quarta-feira sobre o estado do mercado na China. As importações de petróleo chinesas, o maior importador de petróleo do mundo, caíram 14% em março, por causa das restrições que têm sido aplicadas para tentar conter uma vaga de Covid-19.

A Agência Internacional de Energia (AIE) alertou esta semana que a oferta de petróleo russo pode descer em três milhões de barris diários a partir de maio. Mas a agência também reviu em baixa a procura mundial de petróleo para este ano em 260 mil barris por dia, para 99,5 milhões de barris diários, uma subida, ainda assim, de 1,9 milhões de barris diários face à procura registada em 2021.

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