Petróleo prolonga ganhos com embargo da UE à Rússia

Preços do barril disparam 5% na quarta e voltam a subir cerca de 1% depois de Bruxelas ter anunciado um embargo ao petróleo da Rússia como resposta à "agressão brutal" contra a Ucrânia.

Após o disparo de 5% na sessão anterior, os preços do petróleo prolongam os ganhos esta quinta-feira, na sequência da proposta da Comissão Europeia para cortar as importações de petróleo à Rússia, no âmbito do sexto pacote de sanções contra Moscovo por causa da invasão da Ucrânia.

Em Londres, pelas 7h00 (hora de Lisboa), o brent valoriza 0,92% para 111,15 dólares por barril. Em Nova Iorque o barril de crude WTI também avança 0,72% para 106,86 dólares. Ambos contratos sobem para o valor mais elevado em cerca de duas semanas.

A impulsionar as cotações do “ouro negro” estão as novas medidas de restrição da União Europeia contra a Rússia por causa da “agressão brutal” à Ucrânia, que incluem um embargo ao petróleo russo dentro de seis meses e aos produtos refinados até final do ano. As sanções precisam de ser aprovadas unanimemente pelos 27 Estados membros.

Petróleo prolonga subidas

A proposta apresentada esta quarta-feira pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, determina ainda que as companhias da UE terão de deixar de prestar serviços de transporte, corretagem, seguro e financiamento para o transporte de petróleo russo.

“É provavelmente um game changer para o mercado de petróleo e produtos refinados”, adiantou o analista da CBA Vivek Dhar, numa nota citada pela Reuters.

A UE importa cerca de 3,5 milhões de barris de petróleo e produtos petrolíferos à Rússia todos os dias, e terá de encontrar fornecedores alternativos caso a proposta seja aprovada. Alguns países estão preocupados com o impacto da medida, nomeadamente o tempo para se adaptarem ao embargo. Eslováquia e Hungria terão até 2023 para aplicar o embargo.

Entretanto, a OPEP e aliados (OPEP+) deverão anunciar esta quinta-feira um novo aumento das metas de produção em 432 mil barris por dia em junho, no âmbito de um plano de normalização da atividade após o impacto da pandemia. O secretário-geral da OPEP, Mohammad Barkindo, tem dito que não será possível substituir a oferta russa e manifestou-se preocupado com o abrandamento da procura na China, por causa dos confinamentos da Covid-19.

Na China, o setor dos serviços contraiu ao segundo ritmo mais elevado de sempre em abril devido às medidas de combate à pandemia.

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