Preço do petróleo sobe 5% após UE anunciar embargo à Rússia

Sexto pacote de sanções contra a Rússia inclui a proibição total de importações de barris russos até final do ano. Preço do brent avança 5%.

Os preços do petróleo estão a subir 5%, depois de a presidente da Comissão Europeia ter anunciado um sexto pacote sanções contra a Rússia por causa da invasão da Ucrânia que inclui a proibição total de importações de barris russos até final do ano.

Em Londres, o barril de Brent para entrega a 31 de maio valoriza 4,86% para 110,17 dólares — já estava em alta antes de Von de Leyen discursar em Estrasburgo mas acelerou a tendência com a proposta da Comissão Europeia de banir o petróleo russo. Já o contrato de crude WTI para entrega a 20 de maio avança 5,14% para 107,67 dólares.

Petróleo acelera

Em cima da mesa está uma proposta para um embargo gradual ao petróleo Rússia, que, a ser aprovado pelos Governos da UE, representa uma das medidas com maior impacto dada a elevada dependência europeia à energia russa, o que obrigará a procurar mercados alternativos.

“Hoje vamos propor uma proibição de todo o petróleo russo”, disse Ursula von der Leyen no Parlamento Europeu, revelando que as medidas da Comissão incluem uma saída gradual sobre as importações de petróleo dentro de seis meses e os produtos refinados até final do ano. Von der Leyen comprometeu-se a minimizar o impacto destas medidas nas economias europeias.

Cerca de metade dos 4,7 milhões de barris por dia das exportações de petróleo da Rússia vão para a UE, com os russos a fornecerem cerca de um quarto das importações de petróleo da UE em 2020.

“Estamos a resolver a nossa dependência do petróleo russo. E vamos ser claros: não vai ser fácil porque alguns dos Estados membros estão fortemente dependentes do petróleo russo, mas nós temos simplesmente de o fazer”, disse.

“Putin tem de pagar um preço, um preço elevado, por causa da sua agressão brutal”, acrescentou.

O pacote de sanções proíbe as três maiores estações de televisão russas de emitir na Europa, além de retirar o Sberbank, o maior banco russo com 37% da quota de mercado, assim como outras instituições do sistema Swift.

(Notícia atualizada às 21h44 com novas cotações)

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