Klarna vai abrir centro de desenvolvimento com até 500 colaboradores em Lisboa
A gigante sueca de serviços de pagamentos e banca digital vai abrir um centro de desenvolvimento de produto. Moedas diz que a aposta em Lisboa contribui para fazer de cidade uma capital da inovação.
A sueca Klarna, uma das maiores fintech do mundo, vai abrir um centro de desenvolvimento de produto em Lisboa com 500 colaboradores. A capital portuguesa junta-se a Estocolmo, Berlim, Giessen, Milão, Madrid, Mannheim e Toronto, onde a empresa de pagamentos a crédito e serviços bancários já tem hubs de inovação.
A contratação dos 500 colaboradores será focada em funções de desenvolvimento de produto, incluindo engenheiros, gestores de produtos e analistas, e irá acontecer ao longo de vários anos, em função das necessidades da empresa. O valor do investimento não foi revelado, mas “será considerável” afirmou Yaron Shaer, Chief Technology Officer da Klarna. As vagas disponíveis podem ser encontradas no site da empresa.
“É um compromisso com Portugal, vamos criar empregos e apoiar a economia local. Os nossos hubs são motores de inovação reunindo talento de todo o mundo para servir melhor os nossos clientes”, acrescentou Yaron Shaer “É uma aposta em Portugal e nos portugueses e vai posicionar Lisboa num sweet spot nos próximos anos”, salientou também Alexandre Fernandes, responsável pela fintech em Portugal, onde já trabalham cerca de 20 colaboradores.
O presidente da Câmara de Lisboa, que também participou na apresentação, considerou ser “um dia muito importante para Lisboa, que quer ser uma capital da inovação na Europa”. “O facto de uma empresa como a Klarna vir para Lisboa faz parte dessa visão”, acrescentou.
A falta de engenheiros preocupa o antigo comissário europeu com o pelouro da inovação. Carlos Moedas considera que a vinda de empresas como a fintech sueca ajudará a fixar talento. O responsável elogiou a qualidade da formação das universidades mas considerou que as empresas têm também de pagar salários mais elevados.
A Klarna lançou os primeiros serviços em Portugal em novembro, com a aplicação de compras e o sistema de Pay in 3, que permite fracionar em três meses um pagamento sem a cobrança de juros. Entretanto lançou também o Pay Now. Já trabalha com mais de 100 marcas no país, como a Prozis, Lanidor ou Samsung. “Estamos a focar-nos em empresas Portuguesas que vendem em Portugal, mas também lá fora”, afirmou Alexandre Fernandes.
Fundada em 2005 por Sebastian Siemiatkowski, Niklas Adalberth e Victor Jacobsson, a fintech emprega mais de sete mil colaboradores, trabalha com cerca de 400 mil retalhistas em todo o mundo, servindo 146 milhões de consumidores em 45 mercados.
A fintech sueca levantou 639 milhões de dólares em capital, em junho de 2021, de um grupo de investidores que inclui o SoftBank, a Sequoia Capital e a Permira, entre outros, avaliando a empresa em 45,6 mil milhões de dólares.
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