Receio com recessão afunda Wall Street em mais de 4%
Principais índices norte-americanos fecharam com fortes quedas. S&P 500 ficou abaixo dos 4.000 pontos pela primeira vez este ano.
As ações em Wall Street baixaram drasticamente na primeira sessão da semana, penalizadas por quedas nas ações de crescimento das “mega-cap”, enquanto o rendimento do Tesouro a 10 anos atingiu novos máximos e os investidores continuam preocupados com as perspetiva de aumento das taxas de juro pela Reserva Federal dos EUA.
Na sessão desta segunda-feira, o industrial Dow Jones desvalorizou 2,04%, para 32.229,47 pontos e o S&P 500 recuou 3,24%, para 3.989,65 pontos – pela primeira vez este ano, este índice ficou abaixo dos 4.000 pontos. O tecnológico Nasdaq registou a pior queda, ao afundar 4,16%, para 11.639,89 pontos, e o setor da energia também caiu face à redução dos preços do petróleo.
Esta foi a reação dos investidores após os rendimentos do Tesouro dos EUA a 10 anos terem atingido os seus níveis mais elevados desde novembro de 2018 no início da sessão, além das preocupações com as medidas que a Fed terá para domar a inflação e evitar que a economia caia em recessão. Recorde-se que, na passada semana, o banco central norte-americano anunciou uma nova subida das taxas de juro em 50 pontos base.
“Os mercados estão a digerir o início de um regresso a um ambiente de política monetária mais normal”, disse Kristina Hooper, da Invesco em Nova Iorque, citada pela Reuters. Porém, “movimentar-se de forma mais agressiva [nas taxas] aumenta o espetro de uma recessão, especialmente com todas estas complicações – inflação elevada, invasão russa da Ucrânia, perturbações na cadeia de abastecimento relacionadas com a Covid-19”, acrescentou.
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