Manutenção da Portugália faz greve às horas extraordinárias com novos aviões na mira

  • ECO
  • 17 Maio 2022

Sindicato pretende a "normalização das relações contratuais e respetivas retribuições de acordo com a normalização que se vive no mercado do transporte aéreo", pondo fim aos cortes acordados em 2020.

O Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (SITEMA) informou esta terça-feira em comunicado que os trabalhadores da Portugália “iniciaram uma greve ao trabalho extraordinário e deslocações em serviço, por tempo indeterminado”.

À semelhança do que aconteceu na TAP, também na Portugália os Técnicos de Manutenção de Aeronaves (TMA) chegaram a acordo, em 2020, para a redução dos seus vencimentos até ao final de 2024. Neste momento decorrem negociações para um novo Acordo de Empresa. O SITEMA considera, no entanto, que o trabalho nunca chegou a diminuir, porque “os aviões da PGA voaram mesmo na fase mais aguda da pandemia”.

Desde o início de 2022, “a retoma da atividade aérea acelerou para níveis muito semelhantes aos da pré-pandemia”, acrescenta o sindicato, considerando que os trabalhadores “sofreram cortes brutais nos seus vencimentos apesar de terem estado sempre com uma elevada carga de trabalho”.

A greve às horas extraordinárias acontece num momento em que é esperada a chegada de mais aviões para o serviço da Portugália, o que segundo o SITEMA irá sobrecarregar ainda mais os trabalhadores.

A Portugália deveria receber seis Embraer este ano, mas só chegaram dois. A administração avançou, por isso, com a contratação externa em regime de ACMI (Aircraft, Crew, Maintenance and Insurance) de quatro aeronaves.

Segundo o SITEMA, os novos aviões “precisam de fazer uma série de trabalhos para adequar a configuração e imagem das aeronaves à respetiva frota, e tem de ser assegurada a respetiva manutenção técnica antes de começarem a voar. Estes trabalhos de manutenção vão exigir um esforço redobrado por parte dos TMA, nomeadamente no que diz respeito ao trabalho extraordinário”.

O sindicato reclama “a normalização das relações contratuais e respetivas retribuições de acordo com a normalização que se vive no mercado do transporte aéreo e em linha com o que se passa no panorama internacional”. No comunicado menciona a existência de “situações graves de violação do direito à greve e coação sobre os técnicos de manutenção”, que serão denunciadas às autoridades.

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