Tempestades extremas podem provocar 200 milhões de deslocados em 20 anos

Além de provocar 200 milhões de deslocados, a Shelterbox estima que mais de 45 milhões de casas sejam afetadas por tempestades e outras catástrofes naturais nos próximos 20 anos.

O agravamento das alterações climáticas pode potenciar o desalojamento de cerca de 200 milhões de pessoas nas próximas duas décadas.

A conclusão é de um estudo conduzido pela ShelterBox, uma instituição de caridade internacional de apoio a desastres, e citado pelo “Euronews” esta quarta-feira. A investigação, feita com base numa média recolhida de mais de 10,9 milhões de pessoas deslocadas nos últimos cinco anos por causa de tempestades e outras catástrofes naturais, deixa um alerta: se essa média se mantiver nos próximos 20 anos, quase 45 milhões de casas poderão ser danificadas ou destruídas, desalojando mais de 200 milhões de pessoas.

O estudo, divulgado numa altura em que se aproxima a época de furacões no Atlântico, serve como alerta ao bloco europeu que já não se vê imune às catástrofes naturais com maior impacto. Só no ano passado, recorda a ShelterBox, mais de 200 pessoas morreram na sequência das chuvas torrenciais que atingiram a Bélgica, a Alemanha e a Áustria e que resultaram na destruição de dezenas de vilas e cidades na Europa central.

O cenário – que na altura a chanceler alemã Angela Merkel considerou como “surreal” e “assustador” depois de ter deixado um rasto de destruição na cidade de Bad Neuenahr-Ahrweiler – deverá voltar a acontecer e tornar-se não só mais intenso como também 14 vezes mais frequente. E já começam a surgir sinais. No fim de semana passado, um tufão atingiu a cidade de Paderborn causando destruição de centenas de casas e causando cerca de 40 feridos.

Registar grandes quantidades de precipitação por apenas alguns minutos não resulta em fortes inundações, mas durante muito tempo e num só local? É provável que haja mais precipitação do que a drenagem que a cidade pode suportar”, cita a “Euronews” as declarações de Abdullah Kahraman, investigador sénior da Universidade de Newcastle, no Reino Unido.

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