Costa e Scholz querem aprofundar relações económicas entre Portugal e Alemanha

  • Lusa
  • 30 Maio 2022

O primeiro-ministro português e o chanceler alemão apelaram esta segunda-feira a que se aprofundem as relações económicas entre Portugal e a Alemanha, defendendo que o seu “potencial é enorme".

O primeiro-ministro português, António Costa, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, apelaram esta segunda-feira a que se aprofundem as relações económicas entre Portugal e a Alemanha, defendendo que o seu “potencial é enorme”.

Num discurso no auditório do Pavilhão de Portugal na feira de Hannover – que escolheu este ano Portugal como país parceiro – António Costa realçou que “mais de 600 empresas alemãs já estão a produzir e a inovar em Portugal”, sendo o país germânico a “terceira maior destinação de exportações” portuguesas.

António Costa e Olaf Scholz na visita à feira da indústria em Hannover EPA/FOCKE STRANGMANN

“Mas o potencial para aprofundar ainda mais os nossos laços é enorme, e a nossa presença aqui enquanto país parceiro mostra a nossa confiança mútua em parcerias futuras”, afirmou o primeiro-ministro, num discurso em inglês.

O chefe do Executivo referiu que, numa altura em que a “Europa está a relocalizar uma parte da sua produção” novamente para o continente, “Portugal é o sítio para se adquirir equipamento e ‘inputs’ industriais para investir e para inovar”.

“Neste momento, com as transições climática e digital, Portugal é o país para fazerem crescer os vossos negócios de uma maneira verde e digital”, disse António Costa, dirigindo-se aos empresários alemães presentes na plateia.

Costa sublinhou que Portugal é “um dos países mais seguros no planeta” e tem “a terceira maior taxa de licenciados em engenharia na Europa”, abordando ainda o setor energético para referir que “58% da eletricidade” portuguesa é baseada em “energias renováveis”, estando Portugal comprometido em aumentar essa taxa para 80% até 2026.

“Também temos uma conectividade digital de ponta, com novos cabos submarinos a ligarem Portugal e a Europa à América do Sul, África do Sul e, brevemente, à Ásia. As nossas companhias trazem consigo o know how, tecnologia e experiência em áreas chave para o futuro da Europa”, frisou o primeiro-ministro.

Intervindo depois de António Costa, Olaf Scholz mostrou-se “muito contente” com o facto de Portugal ser o “país parceiro da feira”. “António, o teu Governo, em particular, investiu imenso no apoio ao potencial inovador de Portugal, com grandes investigações a serem conduzidas em Portugal. Localizar o Fraunhofer Institute em Portugal, por exemplo, foi um grande sucesso”, sublinhou.

À semelhança de Costa, o chanceler alemão referiu que “cerca de 600 empresas alemãs estão a fazer negócios atualmente em Portugal, desde grandes empresas a pequenas e médias empresas”.

“Eu espero que, nesta feira, todos irão aproveitar a oportunidade para aprofundar ainda mais as relações económicas entre a Alemanha e Portugal. António, estou ansioso para que façamos uma volta juntos [à feira], para vermos os produtos novos e as invocações que representam a coluna vertebral da transformação industrial em curso”, frisou Scholz.

Depois destes breves discursos, António Costa fez uma visita com Scholz a alguns stands nacionais que marcam presença na feira de Hannover, designadamente aos stands da Simoldes, do Centimfe, da Adira e da TSF.

Nesta deslocação, Costa encontra-se acompanhado pelo ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, pelo secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, pelo secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz, e pelo secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba.

Com o slogan “Portugal faz sentido”, a Hannover Messe’22 – considerada a maior feira de indústria do mundo – começa esta segunda-feira e termina na quinta, tendo escolhido Portugal como país parceiro para a edição deste ano.

Segundo o gabinete do primeiro-ministro, 109 empresas portuguesas irão participar no certame, desenvolvendo “atividades nas áreas de soluções de engenharia, soluções de energia e ecossistemas digitais”.

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