Pilotos da TAP cancelam plenário de sexta-feira. Greve será avaliada em assembleia geral

Os pilotos da TAP anunciaram o cancelamento do plenário previsto para sexta-feira e rejeitado pela companhia, após uma reunião com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

Depois de a administração da TAP ter rejeitado a realização de um plenário convocado pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) para sexta-feira de manhã, o presidente da estrutura sindical confirmou ao início da noite que a reunião que previa juntar mais de 400 profissionais foi cancelada. Possibilidade de greve será discutida em assembleia geral.

“O plenário foi cancelado e será resolvido na justiça”, afirmou Tiago Faria Lopes, presidente do SPAC, após uma reunião com o Ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, após a escalada de tensão com a administração da companhia aérea nos últimos dias.

“A TAP simplesmente não autorizou. Não fazia sentido mantermos o plenário”, acrescentou o dirigente sindical em breves declarações transmitidas pelas televisões, voltando a salientar que a redução de 10% no corte salarial foi decidida pela comissão executiva da transportadora “de uma forma unilateral”. Questionado sobre a possibilidade de uma greve, respondeu que o tema será “discutido em assembleia geral”.

O SPAC enviou na quarta-feira uma convocatória para uma reunião de pilotos da TAP para o próximo dia 24 de junho, com início às 7h30 e fim previsto para as 10h30, a ter lugar no interior do refeitório da companhia aérea. “Estima-se que estejam presentes em tal reunião cerca de 400 pilotos”, dizia a mensagem a que o ECO teve acesso.

Uma pretensão negada pela administração da transportadora aérea, que argumentou que “a realização de uma assembleia plenária de pilotos nos termos pretendidos pela Comissão Sindical do SPAC seria apta a causar um dano insuportável na empresa”, podendo afetar até 120 voos e 20 mil passageiros.

A TAP alegou ainda que não foi apresentada uma proposta que vise assegurar o funcionamento dos serviços de natureza urgente e essencial da empresa, “um requisito reforçado em empresas que operam em setores vocacionados à satisfação de necessidades sociais impreteríveis”, como é o caso da transportadora aérea.

No mesmo dia, o SPAC enviou um comunicado onde afirma que cumpriu todos os preceitos legais e necessários para a realização da reunião de trabalhadores nas instalações da TAP, negando com veemência os números avançados pela transportadora, relativamente a eventuais prejuízos resultantes da pausa na operação”.

A administração da TAP anunciou no domingo uma redução de 45% para 35% do corte salarial aplicado aos pilotos, inferior ao por eles pretendido. Repôs também o subsídio de aterragem, com retroativos a março de 2021. A companhia decidiu ainda atualizar o salário mínimo garantido (valor que não pode ser sujeito a cortes) de todos os trabalhadores para 1.410 euros, com retroativos a janeiro.

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