Exclusivo “Agências e marcas cada vez mais conscientes do papel dos conteúdos para conquistar consumidores”

Fernanda Marantes, CEO do Havas Media Group e presidente da categoria de Media na 24ª edição do Festival do Clube de Criativos de Portugal, analisa os casos a concurso e aponta as tendências.

Fernanda Marantes, CEO do Havas Media Group

Arranca esta quinta-feira, 30 de junho, a 24.ª Semana Criativa de Lisboa, que culmina a 7 de julho com a revelação dos vencedores do Festival do Clube de Criativos. Com 946 trabalhos a concurso, um recorde de inscrições, o evento agrega o que de melhor se faz em Portugal e permite apontar tendências de comunicação. Na categoria de Media, presidida por Fernanda Marantes, CEO do Havas Media Group Portugal, estão 59 trabalhos a concurso.

Como tendências, Fernanda Marantes realça “a utilização cada vez mais de conteúdos e stories, e uma melhor utilização do meio digital”. Com as votações para o Festival do Clube de Criativos de Porugal (CCP) a acontecerem no rescaldo do Festival de Criatividade de Cannes, a CEO do grupo que integra a Havas Media e a Arena Media salienta que “se formos reconhecidos a nível internacional como ‘bons’, é natural que os profissionais portugueses que trabalham em Portugal possam ser convidados para fazerem campanhas internacionais”. Assim como, continua a responsável, clientes internacionais que alarguem a sua atividade a Portugal vão “valorizar o valor acrescentado que as agências a nível local aportam”.

O Festival do CCP pretende ser uma mostra do que de melhor se faz em Portugal. Globalmente, e pensando nos casos inscritos, como é que avalia o trabalho desenvolvido na categoria de Media?

As diversas participações na categoria de Media desta edição do festival, a qual tive o maior gosto em presidir, vêm reforçar o dinamismo da nossa indústria através da diversidade de projetos, marcas e setores que abrangem. Uma prova de que, mesmo em tempos adversos, a indústria não cruzou os braços e trabalhou afincadamente para apoiar marcas e clientes na sua ligação ao consumidor. É igualmente uma prova de partilha de trabalho feito e de inspiração entre pares, que merece ser reconhecida por todo o esforço envolvido e pela qualidade dos trabalhos. Em nome de toda a equipa que fez parte do júri desta categoria, agradecemos as diversas participações e lançamos o desafio de continuarem a trilhar novos caminhos que acrescentem valor às marcas, aos seus consumidores e à nossa indústria.

É possível destacar tendências? Quais?

Dos diversos trabalhos inscritos, sobressaem como tendências a utilização cada vez mais de conteúdos e stories, e uma melhor utilização do meio digital.

A crescente utilização de conteúdos demonstra que, quer agências quer marcas, estão cada vez mais conscientes do papel que os conteúdos têm para conquistar a atenção e o envolvimento dos consumidores, sendo que sabemos que 65% valoriza que as marcas lhes ofereçam conteúdos relevantes e que tem sido uma percentagem crescente de ano para ano (de acordo com o estudo Meaningful Brands do Grupo Havas).

Por outro lado, perante uma constante evolução do digital, quer por via de novas plataformas ou de novos formatos, quer pela crescente capacidade de medição, verifica-se igualmente uma constante capacidade de adaptação e de evolução das estratégias digitais, quer para melhor corresponder às necessidades das marcas na identificação dos suportes considerados mais adequados em função das diversas audiências, quer para melhor otimizar os contactos de acordo com o investimento e os objetivos.

Portugal obteve o melhor resultado de sempre no Festival de Criatividade de Cannes. Como é que este resultado pode ser potenciado pela indústria?

Este resultado, que é um motivo de orgulho para todos nós, pode ser potenciado pela indústria de duas formas. Por um lado, pode tornar-se um motor potenciador de novos trabalhos com uma fasquia de qualidade superior, inspirando outros talentos nacionais a elevar a sua criatividade, a sua forma de trabalhar em equipa e o valor que podem aportar a marcas e consumidores. Por outro lado, este resultado pode ser potenciado se conseguirmos manter este nível de criatividade e de premiação nos próximos anos, porque se formos reconhecidos a nível internacional como ‘bons’ é natural que os profissionais portugueses que trabalham em Portugal possam ser convidados para fazerem campanhas internacionais, assim como clientes internacionais que alarguem a sua atividade a Portugal, valorizem o valor acrescentado que as agências a nível local aportam.

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