Domínio chinês na cadeia de fornecimento de energia solar preocupa Agência Internacional de Energia

  • Capital Verde
  • 7 Julho 2022

Segundo a Agência Internacional da Energia, a participação da China nas várias etapas da cadeia de fornecimento de energia solar pode comprometer os objetivos mundiais de transição energética.

O domínio chinês na cadeia de fornecimento de painéis solares pode atrasar a transição energética global. O alerta é feito esta quinta-feira pela Agência Internacional de Energia (AIE), que revela que a participação da China nas várias etapas da cadeia de produção de energia solar – desde a produção de polissilício, até os próprios painéis – ultrapassa 80%, e em algumas fases pode chegar aos 95%, até 2025.

“O mundo dependerá quase completamente da China para o fornecimento dos principais blocos de construção para a produção de painéis solares até 2025”, frisa a agência. “Este nível de concentração em qualquer cadeia de fornecimento a nível global representa uma vulnerabilidade considerável”.

O relatório acrescenta que além do domínio da China no mercado, também os preços elevados das matérias-primas têm pressionado o setor. Segundo a AIE, só no ano passado o preço dos painéis solares aumentou, em média, 20%.

“Uma das razões pelas quais fizemos este relatório é destacar essa importante fraqueza na cadeia de fornecimento de energia solar fotovoltaica. Pedimos aos governos mais diversificação de forma a reduzir as vulnerabilidades da cadeia”, explicou Fatih Birol, diretor-geral da agência, ao Financial Times.

A energia solar é considerada um elemento-chave na corrida à neutralidade carbónica a nível mundial até 2050, uma vez que pode gerar até 33% da eletricidade global. Só na União Europeia, e sob o plano “RePowerEU” do bloco, o objetivo é instalar mais de 320 gigawatts (GW) de energia solar fotovoltaica até 2025 e quase 600 GW até 2030.

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