Licenciamento simplificado? “Vamos ver o quão eficaz é”, diz CEO da Galp

O ritmo de licenciamento deve acompanhar a necessidade de aceleração na aposta de renováveis, defende a Galp, depois de Portugal ter lançado novidades neste âmbito na semana passada.

Apesar de a área das renováveis e novos negócios da Galp ter apresentado um prejuízo de cinco milhões de euros no relatório e contas dos primeiros seis meses do ano, a empresa acredita que existe espaço para crescer dentro do setor na Europa, frisando que pacotes de licenciamento simplificado, como o anunciado pelo Governo português na semana passada, vão permitir acelerar esta aposta. Aos analistas, Andy Brown frisou que existe um maior investimento nas energias renováveis do que no licenciamento de projetos e, por isso, defendeu que essa capacidade “vai ter que acelerar”.

“A União Europeia definiu uma meta ambiciosa para acelerar o licenciamento, e o que está a acontecer agora é que vários países estão a divulgar legislações nesse sentido para criar um ambiente onde a aprovação possa ser acelerada”, tal como aconteceu em Portugal, que recentemente divulgou um pacote legislativo, explicou Andy Brown. “Vamos ver o quão eficaz é durante este período”, indicou o CEO da energética, esta segunda-feira, durante uma chamada com analistas, na sequência da divulgação dos resultados referentes ao primeiro semestre.

No mesmo momento, o líder explicou que a Galp vai “continuar a frisar que existe mais dinheiro apontado na direção das energias renováveis na Europa do que na capacidade de os governos concederem permissões“, argumentando que, devido à estratégia europeia visada no programa RePower EU, a capacidade de licenciamento “vai ter que acelerar”, não só por causa da eletricidade mas por causa da aposta no hidrogénio.

“É um ponto importante que temos de trabalhar em proximidade com os governos, para ter a certeza que o dinheiro que gastamos em energias renováveis encontra uma casa certa“, referiu o responsável em resposta às questões dos analistas.

Esta manhã, antes da abertura do mercado, a Galp Energia divulgou os resultados do primeiro semestre, informando ter registado um lucro de 420 milhões de euros à boleia das “condições de mercado favoráveis”, sobretudo devido ao aumento dos preços do petróleo e ao negócio de refinação. No segundo trimestre, as margens e refinação subiram para 22,3 dólares por barril.

De acordo com as contas apresentadas pela empresa liderada por Andy Brown ao mercado, os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) aumentaram 97%, para 2.114 milhões de euros, nos primeiros seis meses do ano.

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