Petróleo cai mais de 4% com dados desanimadores da China

A cotação do barril de Brent recuou esta segunda-feira mais de 4%, para os 99,7 dólares, numa altura em que os investidores aguardam pela reunião desta semana dos principais produtores de petróleo.

Os preços do petróleo negociado nos mercados internacionais caíram esta segunda-feira mais de 4%, perante as estatísticas fracas sobre a produção na China e no Japão, referentes a julho, que estão a pesar nas perspetivas da procura. Ao mesmo tempo, os investidores aguardam pela reunião, agendada para esta semana, entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros grandes produtores sobre ajustes na oferta.

Pelas 20h50 (hora de Lisboa), o barril de Brent, que serve de referência para a Europa, recuava 4,11%, para 99,70 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, desvaloriza 5,14%, para 93,55 dólares.

Este desempenho ocorre depois de serem conhecidos dados económicos desanimadores para os traders. Por um lado, os confinamentos para conter a Covid-19 na China extinguiram a breve recuperação registada em junho para a atividade fabril naquele que é o maior importador de petróleo bruto do mundo; por outro, a atividade manufatureira japonesa expandiu em julho ao ritmo mais fraco em dez meses.

“Os dados mostram uma surpreendente contração das atividades económicas, sugerindo que a recuperação da segunda maior economia do mundo dos confinamentos de Covid-19 pode não ser tão positiva quanto o esperado anteriormente, o que escureceu as perspetivas de procura dos mercados de petróleo bruto”, explica Tina Teng, analista da CMC Markets, citada pela Reuters.

A influenciar a negociação está também a antecipação da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados, incluindo a Rússia, um grupo conhecido como OPEP +, na quarta-feira para decidir sobre a produção de setembro.

(Notícia atualizada às 20h50)

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