Consumo de energia sobe 7,2% e bate recorde diário em julho
No dia 13 de julho, considerado o quinto mês mais quente de sempre, o consumo de energia bateu máximos em Portugal em período de verão.
O consumo de energia elétrica em Portugal aumentou 7,2% no mês de julho, face ao período homólogo, impulsionado pelas temperaturas acima dos valores normais que se fizeram sentir.
Segundo um comunicado divulgado esta terça-feira pela Redes Energéticas Nacionais (REN), no dia 13 desse mês, considerado o quinto dia mais quente de sempre, registou-se mesmo o consumo diário mais elevado de sempre em Portugal em período de verão: 163,5 gigawatts por hora (GWh), ultrapassando o anterior máximo, registado em 2010. Com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis registou-se um crescimento homólogo mensal de 4,9%.
De acordo com a nota divulgada, nos primeiros sete meses do ano, o consumo de energia cresceu, face ao mesmo período do ano anterior, 3,5%, ou 3,3% com correção da temperatura e dias úteis.
Produção renovável e não renovável responsáveis pelo abastecimento do consumo
Olhando para as várias fontes de energia, a REN informa que em julho o regime hidroelétrico continuou seco, com um índice de produtibilidade de 0,30 (média histórica de 1), “embora este valor tenha pouco significado porque se trata de um período do ano em que as afluências são praticamente nulas”, esclarece o documento. Em linha com o baixo nível da produção hidroelétrica, surge a produção eólica “também abaixo dos valores médios”, registando 0,88 (média histórica de 1), enquanto nas fotovoltaicas foi mais favorável com 1,08 (média histórica de 1). Segundo a REN, a produção renovável abasteceu 36% do consumo, a produção não renovável 35%, enquanto os restantes 29% corresponderam a energia importada.
A REN informa que durante o mês de julho, o mercado de gás natural voltou a registar uma evolução mensal homóloga positiva, 5,4%, devido ao comportamento do segmento de produção de energia elétrica que cresceu 38%. No segmento convencional mantém-se a tendência de quebra, com uma variação mensal homóloga negativa de 14,8%. O aprovisionamento do sistema nacional mantém-se quase integralmente a partir do terminal de GNL de Sines.
Já no período de janeiro a julho, o consumo de gás natural manteve-se praticamente em linha com o verificado no mesmo período do ano anterior, registando uma queda marginal de 0,3%, resultado de uma quebra de 21% no segmento convencional e de um crescimento de 47% no segmento de produção de energia elétrica.
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