Um em cada oito infetados com Covid mantém sintomas a longo prazo

  • Lusa
  • 5 Agosto 2022

Estudo da Lancet mostra risco de persistência de sintomas duradouros após a infeção, como dificuldade em respirar, dor muscular, perda de sabor ou cheiro, formigueiros ou fadiga geral.

Uma em cada oito pessoas infetadas pelo coronavírus responsável pela Covid-19 mantém um dos sintomas característicos da doença a longo prazo, mostra um amplo estudo publicado na revista científica Lancet.

Estes sintomas incluem “dor abdominal, dificuldades e dor ao respirar, dor muscular, perda de sabor ou cheiro, formigueiros, desconforto na garganta, ondas de calor ou frio, peso dos braços ou pernas, bem como fadiga geral”, enumera o estudo.

“Em 12,7% dos pacientes, três a cinco meses após a infeção estes sintomas podem ser atribuídos à Covid-19”, concluem os autores do estudo.

O trabalho, realizado nos Países Baixos, é, pela sua escala e metodologia, uma peça importante para melhor compreender o risco de “Covid longo”, ou seja, a persistência de sintomas duradouros após a infeção pelo coronavírus.

As pesquisas permitiram perceber que existem sequelas específicas da infeção do coronavírus em alguns pacientes e que estas não são explicadas apenas por distúrbios psicossomáticos, como inicialmente sugerido por alguns médicos. Mas a frequência destas desordens e, ainda mais, os mecanismos fisiológicos pelos quais intervêm são em grande parte ainda desconhecidos.

O estudo da Lancet não responde a esta segunda pergunta, mas permite especificar melhor a primeira questão, porque foi realizado num número significativo de pacientes – mais de 4.000 pessoas que tiveram Covid-19 – e porque as respostas destes pacientes foram comparadas com as dadas por pessoas que não tiveram a doença.

Se quase 9% das pessoas que não tiveram Covid-19 têm um dos sintomas descritos anteriormente, entre as que tiveram a doença a proporção sobe para 21,4%.

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