Exportações disparam 37% em junho. Preços subiram 18,6%

As importações também aumentaram em junho, 41,6% face ao mesmo período do ano passado, com os preços a crescer 26%.

As exportações portuguesas de bens dispararam 37,1% em junho, face ao mesmo período do ano passado, sendo que os preços subiram 18,6%, de acordo com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira. Já as importações também aumentaram, 41,6%, com os preços a crescer 26%.

“São de salientar os acréscimos em ambos os fluxos dos fornecimentos industriais (+29,0% nas exportações e +21,2% nas importações), dos combustíveis e lubrificantes (+159,8% e +220,3%, respetivamente) e do material de transporte (+60,6% e +46,1%, pela mesma ordem)”, destaca o INE.

Já se excluirmos os combustíveis e lubrificantes, as exportações e as importações aumentaram 29,8% e 23,4%, respetivamente (+35,0% e +33,2%, pela mesma ordem, em maio de 2022). Os índices de valor unitário (preços) sem os produtos petrolíferos aumentaram 13% nas exportações e 14,6% nas importações, já que estes são um dos produtos com maior variação.

Tendo em conta que as importações aumentaram mais que as exportações, o défice da balança comercial de bens agravou-se em 903 milhões de euros face a junho de 2021, atingindo 2.522 milhões de euros. “Excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice totalizou 1.275 milhões de euros, diminuindo nove milhões de euros relativamente a junho de 2021”, acrescenta o INE.

Exportações de carros aumentam. Importações de combustível saem mais caras

Olhando para a análise das categorias de bens, nas exportações de junho destaca-se o aumento das exportações de material de transporte (+60,6%), maioritariamente automóveis de passageiros e de combustíveis e lubrificantes (+159,8%). O destino foi principalmente para os Estados Unidos, de acordo com os dados do INE.

É de salientar também o aumento de fornecimentos industriais, que subiu 29% face ao período homólogo, especialmente produtos transformados. Estes foram sobretudo para Espanha.

Já nas importações “salienta-se o acréscimo de combustíveis e lubrificantes (+220,3%), refletindo em grande medida a subida do preço destes produtos no mercado internacional”, como explica o INE. Os preços do petróleo registaram uma subida significativa nomeadamente após a invasão russa da Ucrânia.

Além disso, os fornecimentos industriais também registaram um crescimento expressivo (+21,2%), “generalizado a vários grupos de produtos, com maior incidência nas importações de Espanha”, o que pode refletir o dinamismo da indústria.

O INE divulga ainda os resultados definitivos para o ano de 2021, que apresentam revisões face aos resultados preliminares divulgados em junho. As taxas de variação anuais definitivas são de +18,3% nas exportações e +22,0% nas importações (revisões de +0,0 p.p. e +0,6 p.p., respetivamente).

(Notícia atualizada às 11h30)

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