OCDE mantém perspetiva de deterioração do crescimento na maioria das grandes economias

  • Lusa
  • 9 Agosto 2022

Escalada da inflação e baixa confiança dos consumidores levam a OCDE a manter perspetivas de deterioração do crescimento das maiores economias.

A OCDE manteve a perspetiva de deterioração do crescimento na maioria das grandes economias, devido à inflação alta e baixa confiança dos consumidores.

Em comunicado, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) anunciou que os Indicadores Compósitos Avançados, concebidos para antecipar pontos de viragem na atividade económica relativamente à tendência ao longo dos próximos seis a nove meses, “continuam a apontar para uma perspetiva de deterioração na maioria das principais economias”.

Segundo a organização, os indicadores “permanecem abaixo da tendência e continuam a antecipar uma perda de dinamismo de crescimento na maioria das grandes economias da OCDE”, arrastados pela inflação historicamente alta, a baixa confiança do consumidor e índices de preços de ações em declínio.

As grandes economias afetadas são o Canadá, o Reino Unido e EUA, bem como a área do euro como um todo, incluindo França, Alemanha e Itália, apontou a OCDE.

Pelo contrário, no Japão, os indicadores continuam a apontar para um crescimento estável.

Já entre as principais economias de mercados emergentes, os indicadores estão também em declínio na China (setor industrial), embora apresentem sinais de estabilização.

Também na Índia, a avaliação continua a apontar para um crescimento estável, enquanto no Brasil continua a antecipar uma desaceleração do crescimento.

O clima de incerteza relacionado com a guerra na Ucrânia, novas ameaças de covid-19, as interrupções nas cadeias de fornecimento e o impacto da alta inflação no rendimento real das famílias estão a causar flutuações superiores ao normal nos componentes dos indicadores compósitos avançados, esclareceu a OCDE.

“Como resultado, os indicadores devem ser interpretados com cuidado e a sua magnitude deve ser considerada como uma indicação da força do sinal e não como uma medida de crescimento da atividade económica”, ressalvou a organização.

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