Presidência checa da UE propõe reunião extraordinária sobre energia

Depois de Mario Draghi ter defendido um teto sobre o preço do gás russo importado, a presidência checa do Conselho da UE vai propor uma reunião extraordinária entre os membros do Conselho da Energia.

A República Checa propôs uma reunião extraordinária entre os membros do Conselho de Energia da União Europeia (UE) para discutir um limite sobre o preço do gás importado da Rússia. A proposta do governo checo, que ocupa este semestre a presidência rotativa do Conselho da União Europeia, chega depois de Itália ter pressionado “fortemente” junto dos homólogos europeus que a medida avançasse, numa altura em que o preço do gás se mantém em alta.

“Estamos numa guerra energética com a Rússia e isso está a prejudicar toda a UE. Em acordo com a Comissão Europeia e o primeiro-ministro Petr Fiala, vou propor a convocação de uma reunião extraordinária do Conselho de Energia da UE o mais rápido possível”, anunciou o ministro da Indústria checo, Jozef Sikela, esta sexta-feira, na rede social Twitter.

Esta quarta-feira, o primeiro-ministro italiano defendeu que a União Europeia devia determinar um limite para o preço do gás importado da Rússia para ajudar a aliviar a pressão resultante do aumento dos preços. “Alguns países continuam a opor-se a essa ideia porque temem que Moscovo possa interromper o fornecimento [por completo]”, referiu Mário Draghi, que deixará o cargo após as eleições legislativas, no próximo mês.

Ainda que sinta alguma resistência na adoção de um mecanismo que limite o preço de gás, o líder italiano antecipa que essa posição possa vir a mudar. A Comissão Europeia anunciou este mês que está “a avaliar urgentemente as diferentes possibilidades de introduzir tetos de preços para o gás”, sem avançar com mais detalhes.

O tema chega numa altura em que o bloco enfrenta sucessivas interrupções nos envios de gás russo para a Europa. Na semana passada, a empresa estatal russa Gazprom anunciou que iria suspender o fornecimento entre 31 de setembro a 2 de agosto por motivos de manutenção, reavivando os receios de que o abastecimento possa ser cortado por completo.

Os riscos de uma interrupção total no abastecimento de gás adensam as preocupações entre os líderes europeus que, até maio de 2023, vão tentar reduzir os consumos de gás em 15% na sequência do pedido da Comissão Europeia. O objetivo é garantir reservas de gás suficientes para o inverno, que, de acordo com a Reuters, se encontram nos 78,3%. A meta é atingir os 80% até 1 de novembro.​

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