Bairro reestrutura lojas e equipa e fecha “parceria estratégica com um marketplace”

Plataforma, que há um ano levantou 1,2 milhões de euros junto a investidores russos, está "a captar novo investimento" e a analisar "novas aberturas de acordo com o contexto económico".

A Bairro é a mais recente plataforma de entregas a avançar com uma reorganização que passou pela rede de lojas e equipa. A plataforma de entregas fechou ainda uma “parceria estratégica com um marketplace, avançou fonte oficial da empresa à Pessoas/ECO.

“Tendo em conta o contexto atual e o consequente abrandamento do ritmo de investimento, realizámos uma reestruturação do negócio, que se traduz na reorganização das dark stores e da respetiva equipa, através de uma parceria estratégica com um marketplace, cujos detalhes serão anunciados em breve”, adianta fonte oficial quando contactada pela Pessoas/ECO com a informação de que a plataforma estaria a reorganizar a operação, o que passaria por fecho de lojas, com impacto no número de colaboradores.

A empresa não detalha o impacto na rede e equipa desta reestruturação, mas a medida representa uma alteração dos planos de há um ano. Na época, a Bairro tinha fechado uma ronda de 1,2 milhões de euros junto a investidores russos e a estratégia passava por expandir em Lisboa, chegar ao Porto até ao final do ano e, mais tarde, a todo o país. O plano de negócios passava ainda pela entrada em Espanha e mercados vizinhos.

Em novembro, depois de inaugurar a sua terceira dark store no Parque das Nações, a startup pretendia aumentar a equipa e, até ao final do ano, ultrapassar a marca dos 100 colaboradores.

Estamos a captar novo investimento para continuar com a nossa missão de melhorar a vida dos portugueses, analisando novas aberturas de acordo com o contexto económico, e mantemos o foco em ser a primeira opção na entrega de compras de última hora no país”, diz a mesma fonte.

A plataforma de entregas é a mais recente a passar por um processo de reorganização. Dois meses depois de levantar 768 milhões de dólares, elevando a sua avaliação para cerca de 12 mil milhões de dólares, a decacórnio turca Getir anunciou no final de maio um corte de 14% da força de trabalho a nível global, devido ao “aumento da inflação e a deterioração das perspetivas macroeconómicas em todo o mundo”, afetando cerca de 4.500 colaboradores.

A onda chegou a Portugal meses depois, levando a empresa, que opera em Lisboa com quase 200 colaboradores, a fazer “ajustes”, focando “o seu atendimento em menos lojas”. “Esta decisão implicou alguns ajustes devido às necessidades do negócio e alguns contratos a termo não foram renovados”, adiantou em julho fonte oficial à Pessoas/ECO.

E a Bolt Market também colocou em pausa os planos de expansão em Portugal. As metas para 2022 eram “ambiciosas” mas menos de um ano depois de ter arrancado com o serviço de entregas de mercearia em Portugal, a Bolt Market colocou em pausa a expansão do serviço e “não há previsão de data para a abertura de novas lojas”. “Há primeiro que garantir uma consolidação do negócio na capital”, justificou Manuel Castel-Branco, responsável pela Bolt Market em Portugal, à Pessoas/ECO.

Em abril, tinha sido a vez da empresa online de entrega de refeições ao domicílio, Just Eat Takeaway.com, a anunciar que ia deixar de funcionar em Portugal e na Noruega, depois destes dois mercados terem gerado uma perda de EBITDA de cerca de 10 milhões de euros por ano.

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