Atividade nos negócios volta a contrair em agosto na Zona Euro

Atividade nos negócios na Zona Euro contrai pelo segundo mês consecutivo, com o índice PMI a cair em agosto para os 48,9, o valor mais baixo dos últimos 18 meses. Vendas a retalho também recuaram.

A atividade nos negócios na Zona Euro contraiu em agosto pelo segundo mês consecutivo, com uma queda na procura alimentada pelo agravamento do custo de vida, avançou esta segunda-feira o inquérito aos gestores de encomendas (PMI, na sigla inglesa) da S&P Global.

O índice da S&P Global caiu em agosto para os 48,9 pontos, o valor mais baixo dos últimos 18 meses, após registar 49,9 pontos em julho. Uma contração da atividade pode ser identificada sempre que este indicador fica abaixo de 50. Os dados de agosto ficaram também abaixo da previsão inicial de 49,2.

Adicionalmente, também o índice de novos negócios caiu para o seu valor mais baixo desde novembro de 2020, atingindo os 46,9, sendo que no mês anterior este indicador situou-se nos 47,6. O setor dos serviços segue na mesma linha ao dar sinais de contração, sendo que um inquérito aos gestores de encomendas nesta área caiu de 50,2 em julho, para 49,8 em agosto, no que marca a primeira revisão negativa do indicador desde março de 2021.

Esta terça-feira foram conhecidos também os dados referentes às vendas a retalho, que registaram um recuo de 0,9% na Zona Euro em julho, quando comparadas com o mesmo mês do ano passado, segundo o Eurostat. Face ao mês anterior, o volume das vendas a retalho cresceu 0,3% tanto na Zona Euro, como na União Europeia (UE). Já no caso de Portugal, as vendas a retalho aumentaram 3,1% em julho, em termos homólogos, e 0,7% em cadeia.

Para a consultora Oxford Economics, a revisão em baixa dos números de agosto (da S&P Global) no setor dos serviços, em relação às previsões iniciais, indicam que o impulso à economia dado pelo levantamento das restrições Covid-19 já esgotou o seu efeito.

A consultora defende ainda que existem diversos elementos que apontam para um agravamento nos próximos meses, desde quedas acentuadas nos fluxos de novos negócios a expectativas muito fracas para o ano seguinte.

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