Preço do gás natural dispara 25% após Rússia suspender fluxo no Nord Stream

Este desempenho dos preços acontece depois a Rússia ter anunciado na passada sexta-feira a suspensão do fluxo de gás natural no gasoduto Nord Stream 1.

Os preços do gás natural na Europa estão a disparar quase 25% esta segunda-feira, depois de a Rússia ter interrompido indefinidamente o fluxo na estação Nord Stream, um dos principais gasodutos para a Europa. Decisão alimentou novos receios de uma escassez de gás na Europa este inverno.

O contrato Dutch TTF Gas para entrega em outubro está esta manhã a disparar 27,17% para 272,995 euros por MWh, o equivalente a um aumento de quase 400% face há um ano. Nos últimos cinco dias, contudo, acumula uma queda 9,71%.

Desempenho do preço do gás natural na Europa desde o início de agosto.

Este desempenho dos preços acontece depois a Rússia ter anunciado na passada sexta-feira a suspensão do fluxo de gás natural no gasoduto Nord Stream 1 alegando uma falha técnica, diz a Reuters. A Europa acusou Moscovo de se refugiar no fornecimento de energia para retaliar contra as sanções ocidentais impostas pela invasão à Ucrânia. A Rússia, por sua vez, diz que o Ocidente começou uma guerra económica e que as sanções dificultaram as operações do gasoduto.

O gasoduto Nord Stream, que vai desde o Mar Báltico até a Alemanha, fornecia cerca de um terço do gás que a Rússia exportava para a Europa, mas já estava a operar com apenas 20% da capacidade antes de os fluxos terem sido interrompidos na semana passada para manutenção.

O fornecimento de gás russo através da Ucrânia, outra importante rota, também foi reduzido, levando a UE a procurar alternativas para reabastecer as instalações de armazenamento de gás para o inverno. Vários países adotaram planos de emergência que incluem o racionamento de energia.

“O fornecimento [de gás natural] é difícil de encontrar e fica cada vez mais difícil substituir todo o gás que não vem da Rússia“, diz Jacob Mandel, associado sénior de commodities da Aurora Energy Research, citado pela Reuters.

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