Estas são as 14 empresas de capital de risco que vão injetar 500 milhões nas PME e “midcaps”

  • ECO
  • 29 Setembro 2022

Banco de Fomento escolheu 14 entidades para gerirem as verbas de 500 milhões de euros do Programa Consolidar, que se destinam a investir em pequenas e médias empresas.

O Banco Português de Fomento (BPF) escolheu 14 sociedades de capital de risco para gerirem um total de 500 milhões de euros em fundos. O montante vai servir para investir em pequenas e médias empresas, além de midcaps, segundo o anúncio feito nesta quinta-feira. O financiamento tem de ser atribuído até ao final de 2025, sob pena de ser devolvido.

O primeiro investimento numa empresa ao abrigo desta iniciativa “deverá ocorrer no primeiro semestre de 2023”, adiantou Tiago Simões de Almeida, administrador do BPF, aos jornalistas.

Estas foram as entidades escolhidas para gerir os fundos:

  • ActiveCap – investimento aprovado de 47 milhões de euros, com investimento privado de 20,14 milhões de euros, para financiamento entre cinco e oito milhões de euros para empresas “que se encontram em stress financeiro no pós-pandemia e necessitam de ser capitalizadas”;
  • CoRe Capital – investimento aprovado de 50 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 21,43 milhões de euros, para apostar no “crescimento, expansão e consolidação do tecido empresarial”, com tickets de 5 a 12,5 milhões de euros;
  • Crest Capital Partners – investimento aprovado de 50 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 21,43 milhões de euros, para apostar em novos negócios agrícolas;
  • Draycott – investimento aprovado de 50 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 21,43 milhões de euros, para apostar em pequenas e médias empresas em processos de profissionalização. O ticket médio de investimento será de 5 a 20 milhões de euros;
  • ECS Capital – investimento aprovado de 30 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 12,86 milhões de euros, para lançar o Fundo Capitalização e Crescimento, que suportará empresas impactadas pela Covid-19;
  • Fortitude Capital – investimento aprovado de 30 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 12,86 milhões de euros, para apostar exclusivamente em empresas portuguesas afetadas pela Covid-19;
  • Grosvenor (atual 3xP Global) – investimento aprovado de 30 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 12,86 milhões de euros, para lançamento de fundo dedicado a negócios de Ciências da Vida;
  • Growth Partners – investimento aprovado de 50 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 21,43 milhões de euros, para gerir fundo focado no investimento em PME e MidCaps, com mínimo de 60% das empresas portuguesas, afetadas pela Covid-19, e que se encontrem em negócios agrícolas, saúde, turismo, serviços, energias renováveis, transportes e logística;
  • HCapital Partners – investimento aprovado de 27,5 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 12,5 milhões de euros, focado em PME em fase inicial de crescimento em áreas como indústria, transportes, logística e serviços;
  • Horizon Equity Partners – investimento aprovado de 28 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 12 milhões de euros, para apostar em operações de venda ou de crescimento de participação. Valor de cada financiamento poderá atingir até 10 milhões de euros, prevendo-se 10 a 15 operações;
  • Inter-Risco – investimento aprovado de 44,8 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 19,2 milhões de euros, para lançar fundo de alavancagem a empresas que viram planos de crescimento adiados pela pandemia. Cada financiamento poderá atingir até 11,4 milhões de euros, esperando-se oito operações;
  • Oxy Capital – investimento aprovado de 30 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 12,86 milhões de euros, para gerir fundo que apoiará empresas industriais e do turismo afetadas pela pandemia;
  • Portugal Ventures – investimento aprovado de 32,5 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 13,93 milhões de euros, para apostar no crescimento e expansão de PME e MidCaps altamente tecnológicas. Cada operação poderá variar entre 1 e 5 milhões de euros, esperando-se até 20 investimentos;
  • Touro Capital Partners – investimento aprovado de 20 milhões de euros, com investimento privado mínimo de 20 milhões de euros, para apostar em empresas industriais, agrícolas e de logísticas com “modelos de negócio comprovados, capacidade exportadora, situação financeira saudável e onde exista imperativo de mudança”.

Entre as 14 entidades escolhidas, há a Portugal Ventures, sociedade de capital de risco participada do BPF. Tiago Simões de Almeida afasta conflitos de interesse e garante que se trata de uma “transação de mercado”, que mereceu “pareceres favoráveis”.

Inicialmente, o Programa Consolidar contava com uma dotação de 250 milhões. Acabou por ser duplicado o valor para este programa de capitalização do Fundo de Capitalização e Resiliência.

O BPF recebeu, em fevereiro, 33 candidaturas de capitais de risco e sociedades gestoras de capital de risco que ascendem a mais de 1,3 mil milhões de euros de investimentos propostos, para a constituição de Fundos de Capital de Risco com uma dotação agregada superior a 3.100 milhões.

O investimento nos fundos de capital de risco a subscrever será “obrigatoriamente acompanhado de investimento privado, com uma comparticipação de, pelo menos, 30% do capital total de cada fundo. Assim, o total dos fundos a subscrever terá, no mínimo, uma dotação global disponível de 712 milhões de euros para capitalizar empresas, promovendo o crescimento, expansão e consolidação de projetos empresariais, bem como o desenvolvimento de novas áreas de negócio e novos produtos”, precisa o comunicado.

Uma lista com as sociedades de capital de risco escolhidas terá sido publicada no fim de semana, denunciou na quarta-feira o deputado Carlos Guimarães Pinto, da Iniciativa Liberal. O ministro da Economia desconhecia a situação. A lista contava com 13 entidades – acabaram por ser escolhidas 14.

(Notícia atualizada às 12h45 com mais informação)

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