Operadoras europeias temem “apagões” nas comunicações neste inverno

Crise energética pode ser a próxima prova de fogo às redes de telecomunicações na Europa, depois da pressão gerada pelo aumento do tráfego provocada pela pandemia.

O setor das telecomunicações europeu receia que a crise energética provoque apagões parciais nas redes de comunicações eletrónicas na Europa, em consequência de cortes no fornecimento elétrico neste inverno, noticia a Reuters.

Depois da pressão causada pelo aumento significativo de tráfego na pandemia, em resultado do teletrabalho e dos confinamentos, as operadoras enfrentam agora o desafio de manter as luzes acesas perante um corte no abastecimento de gás natural pela Rússia. O Kremlin fechou a torneira à Europa em retaliação pelas sanções, levantando a hipótese de racionamento de energia nos próximos meses mais frios.

Esta quinta-feira, a Reuters noticia que os Estados-membros da União Europeia estão a tomar medidas para garantir que as telecomunicações podem continuar a funcionar em caso de falhas na rede elétrica. No geral, os equipamentos que fornecem as redes móveis têm baterias que garantem energia em caso de falha elétrica, mas a autonomia rondará os 30 minutos, segundo a agência.

França, Suécia e Alemanha estarão entre os países em que o risco é superior. A Reuters indica que, em França, o Governo, as operadoras e a fornecedora de eletricidade EDF mantiveram conversações sobre este assunto no verão — o país enfrenta constrangimentos energéticos depois de a geração elétrica em vários dos seus reatores nucleares ter sido interrompida para manutenções. Na Suécia e na Alemanha, as operadoras também suscitaram estas preocupações.

Em Portugal, as operadoras também têm redundâncias para minimizar o risco de corte, mas não é claro o nível de risco de apagão no inverno. O ECO questionou Altice Portugal, Nos e Vodafone sobre estes receios, bem como a associação setorial Apritel, e está a aguardar resposta.

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