Concurso para diretor-geral da Segurança Social reaberto por falta de candidatos qualificados

Cargo é ocupado por Tiago Preguiça em regime de substituição. CReSAP não conseguiu elaborar uma lista final com três candidatos no primeiro concurso, que está de novo aberto até 31 de outubro.

Ainda não foi possível encontrar um novo diretor-geral para a Segurança Social, pelo que a CReSAP teve de repetir o aviso para a abertura de um concurso para ocupar este cargo. As funções têm sido desempenhadas desde o ano passado e em regime de substituição por Tiago Preguiça, que já passou pelos gabinetes do ex-ministro Vieira da Silva e de António Costa.

O aviso foi publicado esta semana em Diário da República e na CReSAP, onde se lê que “o procedimento concursal é urgente, de interesse público, não havendo lugar à audiência de interessados e não havendo efeito suspensivo do recurso administrativo interposto do despacho de designação ou de qualquer outro ato praticado no decurso do procedimento concursal”.

“A repetição do aviso de abertura do concurso para recrutamento e seleção para o cargo de diretor-geral da Segurança Social (procedimento concursal n.º 1209_CReSAP_48_05/21) deve-se ao facto de não ter sido possível elaborar uma proposta de designação com três candidatos a apresentar ao membro do Governo que solicitou a abertura do mesmo”, explica ao ECO o presidente da CReSAP.

Foi assim, “em cumprimento do disposto no n.º 9 do artigo 19.º do Estatuto do Pessoal Dirigente dos serviços e organismos da administração central, regional e local do Estado (EPD), aprovado pela Lei n.º 2/2004, de 15 de janeiro, na sua versão atual, [que] a CReSAP determinou a repetição do respetivo aviso de abertura“, completa.

Agora, o “prazo de submissão das candidaturas é de 10 dias úteis a contar da publicitação no sítio eletrónico da CReSAP”. Isto é, encerra a 31 de outubro.

O primeiro concurso terá sido fechado porque os candidatos não reuniam as condições necessárias para passar às fases seguintes, sabe o ECO. O concurso contempla primeiro a apresentação de currículos, seguida por uma análise de aptidões e, finalmente, entrevistas. Este tipo de cargo é bastante específico e também técnico, sendo relativamente habitual existirem repetições dos concursos.

Ainda não é certo se o atual diretor-geral vai constar na nova lista que a CReSAP tem de elaborar. Tiago Preguiça pode beneficiar da experiência que adquiriu durante o tempo em que tem estado no cargo, em regime de substituição, que assumiu a 12 de abril do ano passado. O resto do currículo do dirigente não está diretamente ligado com a área, incluindo uma licenciatura em Estudos Europeus na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e uma pós-graduação em Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade Católica Portuguesa.

Esteve na Juventude Socialista, onde foi presidente da Comissão Nacional, tendo depois ido para o Governo para desempenhar as funções de adjunto do Gabinete do Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, e depois de chefe de Gabinete. Foi também assessor do gabinete do atual primeiro-ministro.

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