É oficial. Lula da Silva volta a ser Presidente do Brasil por uma margem mínima

As eleições no Brasil dividiram o país ao meio. Lula da Silva ganha as eleições com menos de 51% dos votos e regressa ao Palácio do Planalto, mas espera-se contestação de Bolsonaro.

Agora é oficial, Lula da Silva será o novo Presidente do Brasil, com 50,9% dos votos e uma diferença de cerca de dois milhões de votos para Jair Bolsonaro, segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (STE). O Brasil sai destas eleições politicamente mais dividido do que nunca, mas Lula consegue um regresso inédito ao Palácio do Planalto, a residência oficial do Presidente brasileiro, para um terceiro mandato.

Luís Inácio Lula da Silva foi Presidente do Brasil entre 2003 e 2010 e vence assim a segunda volta das eleições brasileiras por uma margem inferior a 2%, o que deixa a dúvida sobre o que será a reação do atual presidente, Bolsonaro, e dos seus seguidores. Mas os analistas antecipam a possibilidade de contestação aos resultados, alegando fraude eleitoral. Lula regista uma votação de 50,9% e Bolsonaro com 49,1%. Com estes resultados, é a primeira vez que o antigo Presidente vai a um terceiro mandato e é também a primeira vez que um Presidente perde a reeleição.

António Costa já deu os parabéns a Lula da Silva, isto depois de ter anunciado, enquanto secretário-geral do PS, o seu apoio ao antigo Chefe de Estado.

Já Marcelo Rebelo de Sousa escreveu uma mensagem no portal oficial da Presidência da República. “O Presidente da República felicita o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela eleição como Presidente da República Federativa do Brasil, com a certeza de que o mandato, que vai iniciar em janeiro próximo, corresponderá a um período promissor nas relações fraternais entre os povos brasileiro e português e por isso também entre os dois Estados”, lê-se. Marcelo Rebelo de Sousa já anunciou a intenção de estar presente na posse do próximo Presidente do Brasil, em 1 de janeiro de 2023, em Brasília

E qual é o estado da economia que Lula da Silva vai herdar de Bolsonaro? De acordo com o último relatório do FMI, o PIB brasileiro recuperou para níveis de pré-pandemia e o ritmo económico mostrou-se favorável, apoiado pela expansão e o crescimento robusto do crédito ao setor privado, apesar de boa parte do crescimento resultar da comparação com o ano de 2020 e o avanço de 4,6% no ano passado ser inferior ao de países vizinhos como Colômbia (10,6%) e Argentina (10,3%).

As estimativas mais recentes da organização internacional, divulgadas em julho, apontam para um crescimento económico do país de 1,7% este ano, quase um ponto percentual acima da taxa de 0,8% calculada em abril, mas em 2023 prevê uma expansão de 1,1%, 0,3 pontos percentuais a menos do que o previsto quatro meses antes.

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