Trabalhadores da Efacec pressionam Costa para garantir empregos na reprivatização

Após Governo ter dito à Parpública para aplicar “medidas de reestruturação” para aguentar Efacec até à venda, três comissões de trabalhadores da empresa juntaram-se para escrever ao primeiro-ministro.

Depois de terem feito um pedido de audiência ao gabinete do ministro da Economia, as comissões de trabalhadores da Efacec decidiram enviar uma carta aberta ao primeiro-ministro, António Costa, em que dramatizam que, apesar da injeção de 165 milhões de euros, a situação está “a degradar-se à medida que se arrasta o processo de venda”, com “elevadíssimos prejuízos” e obstáculos crescentes à obtenção de financiamento para a empresa conseguir operar.

“O desconhecimento e as incertezas após a falha do negócio de reprivatização, leva a que os trabalhadores se sintam apreensivos quanto à sustentabilidade e rumo do futuro da empresa e, consequentemente, à garantia da manutenção dos seus postos de trabalho. A falta de informação por parte das entidades responsáveis neste processo, acentua a desconfiança dos trabalhadores em relação aos objetivos traçados para o futuro da Efacec”, lê-se na carta enviada esta quarta-feira.

As três comissões de trabalhadores – da Efacec Energia – Máquinas e Equipamentos Elétricos; da Efacec Engenharia e Sistemas; e da Efacec Electric Mobility – apelam ao Governo para “com a máxima urgência” retomar o processo de reprivatização, “criando urgentemente condições que permitam a rápida retoma e normalização da atividade, assegurando não só os compromissos imediatos com os parceiros clientes e fornecedores, mas também incutir-lhes novamente confiança e fidelização, assegurando a estabilidade da empresa, assim como, garantir a manutenção dos postos de trabalho”.

Depois de ter falhado a tentativa de venda à DST, o Governo já publicou o novo caderno de encargos de reprivatização da Efacec, em que encarrega a Parpública de adotar “medidas de reestruturação” para manter a empresa em funcionamento. O diploma prevê ainda que o processo tenha apenas uma ou duas fases (e não três), com a idoneidade e a capacidade financeira a serem os principais critérios de seleção.

A Parpública deve ainda “assegurar a manutenção da atividade da empresa”, nomeadamente com apoios de tesouraria para que a empresa subsista até à conclusão da operação de reprivatização. A entidade pública, que é a principal acionista depois da nacionalização de 71,73% da Efacec, deve dotar as empresas “dos respetivos meios financeiros em consonância com a informação” que a própria Parpública apresentou ao Estado.

Nos últimos dias, o Ministério da Economia tem-se desdobrado em reuniões com os bancos e em contactos para encontrar potenciais interessados na compra da Efacec. Como ECO noticiou a 8 de novembro, entre os interessados na empresa de Matosinhos existem empresas internacionais.

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