Portugal registou o quinto maior crescimento homólogo da UE no terceiro trimestre

Investimento e consumo das famílias foram decisivos para o crescimento da Zona Euro e da UE entre agosto e outubro. Emprego aumentou 0,3% nos países da moeda única e desceu em Portugal.

Portugal foi o quinto país da União Europeia (UE) que mais cresceu no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, superando largamente a evolução de 2,5% registada no bloco. Já face aos três meses anteriores a variação ficou em linha com os 27 Estados-membros.

O PIB de Portugal avançou 4,9% no terceiro trimestre, em termos homólogos. Uma taxa de crescimento ultrapassada apenas pela Irlanda (10,6%), Croácia (5,5%), Chipre (5,4%) e Malta (5,2%), segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat. A economia da Zona Euro avançou 2,3% e a da UE 2,5%.

Na variação em cadeia, Portugal registou um crescimento de 0,4%, acima dos 0,1% do segundo trimestre e em linha com o registado no conjunto dos 27 Estados-membros, com a diferença que no caso da UE a economia desacelerou, de 0,7% para 0,4%. No conjunto da Zona Euro, o terceiro trimestre trouxe um crescimento de 0,3%, inferior aos 0,8% registados nos três meses anteriores.

A economia dos países do euro e do conjunto da UE beneficiaram da aceleração do investimento, que cresceu 3,6% e 3,2%, respetivamente. Entre abril e junho as taxas tinham sido de apenas 0,9% e 1,1%. O consumo das famílias também teve um contributo positivo, aumentando 0,9% na Zona Euro e 0,7% na UE, embora com um ritmo ligeiramente inferior ao registado no trimestre anterior.

A puxar para baixo esteve a procura externa líquida, com o crescimento das exportações (1.7% na Zona Euro e 1.9% na UE) a ficar muito abaixo do aumento das importações (4,3% na Zona Euro e 4% na UE). Os gastos do Estado tiveram um contributo praticamente nulo.

Emprego cresce 0,3% na Zona Euro e cai em Portugal

O número de pessoas empregadas na Zona Euro aumentou 0,3% no terceiro trimestre, com o mercado de trabalho a continuar a dar sinais de robustez apesar do aumento da inflação e da desaceleração da economia. Nos 27 Estados-membros a variação foi de 0,2%. Já Portugal registou uma queda de 0,2%, o quarto pior registo da UE.

Na comparação homóloga, a Zona Euro registou um crescimento de 1,8% na população empregada (2,6% no trimestre anterior) e a União Europeia de 1,5% (2,4% entre abril e junho). Em Portugal, foi de 1,3%, abaixo dos 2% dos três meses anteriores.

A produtividade do trabalho aumentou 0,5% na Zona Euro e 1% na UE, em termos homólogos. O Eurostat assinala que o crescimento da produtividade nas duas zonas foi de cerca de 1% entre 2013 e 2018, antes de a Covid-19 ter introduzido uma elevada volatilidade no indicador. Usando o número de horas trabalhadas, a produtividade baixou 0,2% na Zona Euro e aumentou 0,5% nos 27 Estados-membros.

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