Confiança dos consumidores aumenta em dezembro, após três meses a cair

Indicador de confiança dos consumidores inverteu tendência negativa dos três meses anteriores e subiu em dezembro. Em simultâneo, o clima económico estabilizou ao fim de dois meses a cair.

A confiança dos consumidores portugueses aumentou entre novembro e o último mês de 2022, ao fim de três meses consecutivos a cair, mostram os dados publicados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE). Em simultâneo, o clima económico estabilizou em dezembro, interrompendo dois meses de descidas.

Depois de, em novembro de 2022, ter atingido o valor mais baixo desde o início da pandemia, em abril de 2020, o indicador de confiança dos consumidores aumentou em dezembro, interrompendo o perfil negativo dos três meses anteriores”.

Esta recuperação “resultou do contributo positivo das perspetivas de evolução futura da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar, assim como das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar”, refere o INE. “Em sentido contrário, as perspetivas sobre a evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias registaram um contributo negativo significativo”.

Evolução do Indicador de Confiança dos Consumidores desde janeiro de 2008.INE

O saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país aumentou em novembro e dezembro, de forma significativa no último mês, após ter diminuído nos dois meses precedentes e ter atingido o valor mais baixo desde abril de 2020.

O saldo das perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar aumentou nos dois últimos meses, após ter diminuído em setembro e outubro, de forma mais significativa no primeiro caso, tendo registado nestes dois meses os valores mais baixos desde abril de 2020.

Já o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços diminuiu em novembro e dezembro, após ter atingido o valor máximo da série em outubro, no seguimento da trajetória acentuadamente ascendente iniciada em março de 2021.

O saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços diminuiu de forma expressiva em novembro e dezembro, depois de ter aumentado nos dois meses precedentes, atingindo o valor mais baixo desde outubro de 2021, refere o INE.

Indicador de confiança dos Serviços cai em dezembro

Numa análise aos setores de atividade, o indicador de confiança da Indústria Transformadora aumentou em novembro e dezembro, após ter diminuído no mês precedente, de acordo com os dados do INE. A evolução do indicador deveu-se ao “contributo positivo das opiniões sobre a evolução da procura global e das perspetivas de produção, tendo as apreciações relativas aos stocks de produtos acabados contribuído negativamente”.

O indicador de confiança da Construção e Obras Públicas diminuiu em dezembro, após ter aumentado em novembro, diz o INE. “Esta evolução refletiu o contributo negativo das apreciações sobre a carteira de encomendas, uma vez que o saldo das perspetivas de emprego aumentou”.

O indicador de confiança do Comércio aumentou em novembro e dezembro, após a diminuição observada em outubro. Esta evolução “resultou do contributo positivo das opiniões sobre o volume de vendas, tendo as apreciações sobre o volume de stocks e as perspetivas de atividade da empresa contribuído negativamente”. Em dezembro, o indicador de confiança aumentou no Comércio a Retalho e no Comércio por Grosso.

Já o indicador de confiança dos Serviços diminuiu em dezembro, após ter aumentado em novembro, retomando o movimento descendente registado desde junho de 2021. Esta evolução “resultou do contributo negativo das apreciações sobre a atividade da empresa e das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas, mais expressivo no primeiro caso, tendo as perspetivas relativas à evolução da procura contribuído positivamente”.

(Notícia atualizada às 11h42 com mais informação)

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