Costa mantém confiança na ministra da Agricultura. “Governo está coeso”, diz
O chefe de Governo assegura que o Executivo mantém-se "coeso", mesmo com a série de remodelações das últimas semanas. Sobre Carla Alves, diz que é um assunto "encerrado".
Sem comentar a notícia desta sexta-feira que dá conta de que Carla Alves informou a ministra da Agricultura, antes de tomar posse como secretária de Estado da pasta na passada quarta-feira, acerca da polémica das contas arrestadas, o primeiro-ministro reforçou a ideia de que o “Governo está coeso”, considerando não existirem motivos para que Maria do Céu Antunes se demita.
“Até agora, nenhuma das remodelações teve que ver com a coesão do Governo“, afirmou António Costa, esta sexta-feira, em declarações aos jornalistas transmitidas pelas televisões. Apesar das consecutivas polémicas que têm assolado vários membros que compõem o seu Executivo, Costa disse que “o essencial tem sido assegurado”, nomeadamente “a estabilidade das políticas”.
Como exemplo, o chefe de Governo lembra a mudança no Ministério da Saúde, cuja tutela está nas mãos do ministro Manuel Pizarro na sequência da demissão de Marta Temido, no final de agosto do ano passado. “Aprovámos o Estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS), aprovámos o diploma da direção executiva, a nova equipa nomeou a direção executiva, a direção executiva está a trabalhar e esse trabalho já começa a dar resultados”, elencou.
O primeiro-ministro comentou, no entanto, o caso da secretária de Estado da Agricultura demissionária, dizendo que Carla Alves “não foi objeto de qualquer acusação judicial”. “Foi questionada através do meu gabinete relativamente às suas contas [bancárias] e aquilo que disse é que era titular de uma conta conjunta e tinha declarado tudo o que tinha a declarar às Finanças. Ela própria entendeu apresentar a sua demissão. É um caso que está encerrado“, sustentou.
Questionado se acha que ainda tem mão no Governo, Costa brincou: “As minhas mãos estão aqui”. Ainda assim, admitiu que “ninguém gosta de ter problemas na sua organização”. “Não confundamos o que é essencial, e o que é essencial são os problemas que dizem respeito aos portugueses”, rematou.
(Notícia atualizada às 18h34)
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